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Iniciativa Liberal vai votar contra renovação do estado de emergência

“A oposição da Iniciativa Liberal ao estado de emergência tem a ver com o excesso de poderes que são conferidos ao Governo, muitos deles estão nos decretos presidenciais desde o início e nunca foram utilizados”, frisou o líder liberal. 
  • Manuel de Almeida/LUSA
4 Janeiro 2021, 11h50

O presidente do Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim Figueiredo, sublinhou que o próximo estado de emergência vai abarcar também o período eleitoral, destacando ainda que o Presidente da República terá esse aspeto em consideração.

Depois de se reunir com Marcelo Rebelo de Sousa para falar sobre a continuação do estado de emergência, João Cotrim Figueiredo apontou, sobre o fim de semana de eleições,  que neste caso “o princípio é o da prudência. Queremos saber exatamente o que se passou na sequencia das medidas de Natal e Ano Novo”.

Em entrevista aos jornalistas, João Cotrim Figueiredo disse que tal como Marcelo, o Iniciativa Liberal tem consciência que o “fim de semana das eleições é um fim de semana especial relativamente às medidas de contenção que poderão estar em vigor”. Ainda assim, destacou que “próximo estado de emergência vai abarcar também o período eleitoral”.

Quanto à continuação do estado de emergência, a que o IL se opõe, João Cotrim Figueiredo classificou o regime como “excessivo”. “Voltamos a falar nesta questão ao Presidente da República fazendo-o ver que, mesmo o que disse ontem com o candidato Tiago Mayan, não corresponde à realidade”. Marcelo defende a extensão do estado de emergência por mais oito dias, posto 7 de janeiro.

“A oposição da Iniciativa Liberal ao estado de emergência tem a ver com o excesso de poderes que são conferidos ao Governo, muitos deles estão nos decretos presidenciais desde o início e nunca foram utilizados”, frisou o líder liberal.

Para João Cotrim Figueiredo “os dados tem de nos confirmar se as medidas e as durezas das medidas e o impacto económico e social das medidas tem proporção com a eficácia no combate à pandemia”. “A verdade é que esses dados continuam a não estar disponíveis e continuam a não ser claros e portanto ter nos decretos presidenciais poderes do Governo para impedir pessoas de sair do SNS [Serviço Nacional de Saúde], para mobilizar pessoas à força para qualquer função para nós é excessivo e tem um dano causado para a vida dessas pessoas e para o país”.

 

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