A Inspeção-Geral de Educação e Ciência (IGEC) realizou uma operação de combate ao desfasamento entre as notas dadas pelas escolas e as alcançadas em exames nacionais e chegou à conclusão de que há vários alunos a obter nota máxima em algumas disciplinas para conseguirem ter acesso ao Ensino Superior, noticia o “Público” esta segunda-feia.
Segundo um relatório da IGEC, há escolas a inflacionar notas de alunos para facilitar o acesso ao ensino superior. A IGEC levou a cabo uma operação em 2017, na qual analisou 12 escolas nacionais. Resultado: os estabelecimentos de ensino fazem vista grossa aos critérios de avaliação que eles próprios definem para poderem atribuir aos estudantes classificações mais elevadas, adianta o matutino.
Após recomendações, 80% dos estabelecimentos corrigiram o comportamento.
Os exemplos mais comuns, observados no relatório da IGEC, verificam-se na disciplina de Língua Portuguesa onde alguns alunos obtém nota máxima (20 valores) na dimensão “Oralidade” – vale 20% da nota final – sem que haja avaliação para essa avaliação.
O mesmo é verificado nas disciplinas de Físico-Química ou Biologia e Geologia. Aqui é a dimensão prática e experimental a desequilibrar as contas.
Esta foi a primeira vez que o IGEC fez uma iniciativa desta natureza, embora em 2015 o organismo já tivesse realizado inquéritos junto de alguns dos estabelecimentos de ensino que apresentavam maiores discrepâncias nas classificações dos estudantes.
Segundo o “Público”, o Ministério da Educação diz que, em 2018, já foram realizadas mais intervenções, estando planeadas novas fiscalizações ao longo do próximo ano.
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