[weglot_switcher]

Inspeção-Geral de Educação e Ciência diz que escolas violam regras para inflacionar notas

Relatório do organismo diz que violações têm o objetivo de ajudar os alunos a entrar no Ensino Superior. Após recomendações, 80% dos estabelecimentos corrigiram o comportamento.
19 Novembro 2018, 10h24

A Inspeção-Geral de Educação e Ciência (IGEC) realizou uma operação de combate ao desfasamento entre as notas dadas pelas escolas e as alcançadas em exames nacionais e chegou à conclusão de que há vários alunos a obter nota máxima em algumas disciplinas para conseguirem ter acesso ao Ensino Superior, noticia o “Público” esta segunda-feia.

Segundo um relatório da IGEC, há escolas a inflacionar notas de alunos para facilitar o acesso ao ensino superior. A IGEC levou a cabo uma operação em 2017, na qual analisou 12 escolas nacionais. Resultado: os estabelecimentos de ensino fazem vista grossa aos critérios de avaliação que eles próprios definem para poderem atribuir aos estudantes classificações mais elevadas, adianta o matutino.

Após recomendações, 80% dos estabelecimentos corrigiram o comportamento.

Os exemplos mais comuns, observados no relatório da IGEC, verificam-se na disciplina de Língua Portuguesa onde alguns alunos obtém nota máxima (20 valores) na dimensão “Oralidade” – vale 20% da nota final – sem que haja avaliação para essa avaliação.

O mesmo é verificado nas disciplinas de Físico-Química ou Biologia e Geologia. Aqui é a dimensão prática e experimental a desequilibrar as contas.

Esta foi a primeira vez que o IGEC fez uma iniciativa desta natureza, embora em 2015 o organismo já tivesse realizado inquéritos junto de alguns dos estabelecimentos de ensino que apresentavam maiores discrepâncias nas classificações dos estudantes.

Segundo o “Público”, o Ministério da Educação diz que, em 2018, já foram realizadas mais intervenções, estando planeadas novas fiscalizações ao longo do próximo ano.

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.