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Investidores decidem se ficam com o RU ou a UE, depois do divórcio

O futuro do Reino Unido é agora mais incerto com o Brexit e os investidores começam a olhar para a União Europeia excluindo o país de Theresa May.
6 Junho 2017, 11h28

Os divórcios são sempre complicados e é difícil para os amigos manterem uma relação com ambos os elementos do ex-casal. É nesta situação que se encontram os investidores no processo do Brexit: há que decidir se ficam com o Reino Unido ou a União Europeia, segundo a agência Reuters.

Os investidores globais estão a começar a olhar para o Reino Unido como uma componente de fora da UE na avaliação das perspetivas de investimento. Enquanto o crescimento económico entre os países da moeda única está a entusiasmar os mercados, o Reino Unido está a ser excluído do sentimento. Pelo contrário, o país de Theresa May está mesmo a ser penalizado pelo nervosismo relacionado com o Brexit.

Há décadas que Londres tem um papel preponderante no sistema financeiro europeu devido a acordos comerciais e movimentos de bens e serviços entre a União Europeia. No entanto, o futuro do Reino Unido é agora incerto com o Brexit e os mercados começam a perceber que o RU e a UE vão tomar caminhos diferentes.

Dados sobre os fundos de investimento ETF, recolhidos pela empresa Lipper para a Reuters, mostram que nos últimos 12 meses, os fluxos de investimento para as ações europeias viram uma procura robusta, com o maior fundo, o iShares MSCI Eurozone ETF a registar uma procura de 3,9 mil milhões de dólares.

Por outro lado, os dados regionais mostram que os ETF e ações britânicos têm sido evitados pelos investidores. “As duas regiões têm estado separadas, o que se acentuou pelo Brexit”, explicou a gestora de portfolio de um fundo de ações globais no Jupiter Asset Management, Stephen Mitchell, à Reuters.

“Os investidores norte-americanos abandonaram o Reino Unido duas semanas depois do Brexit, em julho de 2016 já tinham desaparecido. A incerteza sobre o Brexit afastou-os”, acrescentou Mitchell, sublinhando que há uma tendência de retorno do investimento no Europa, mas que não se estende ao Reino Unido. “Isso provavelmente irá continuar a ser assim no futuro”.

 

 

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