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Investidores não esperam uma recessão global antes de 2020

Maior risco deixou de ser a desintegração europeia e passou a ser a China, segundo as conclusões do mais recente inquérito mensal a gestores de ativos do Bank of America Merrill Lynch.
21 Maio 2018, 19h57

Os investidores continuam com uma atitude bullish para os próximos anos, suportada pelas expetativas macroeconómicas, e apontam para uma recessão global apenas em 2020. O maior risco deixou de ser a desintegração europeia e passou a ser a China, segundo as conclusões do mais recente inquérito mensal a gestores de ativos do Bank of America Merrill Lynch.

“O sentimento dos investidores é otimista”, afirmou Michael Hartnett, estrategista-chefe de investimentos, em comunicado. “A irracionalidade ainda não é visível, apesar das subidas históricas nos mercados de crédito e ações, EPS [earnings per share] robustos globais e um resultado benigno nas eleições francesas”.

Entre 213 gestores de ativos, num montante total de 645 mil milhões de dólares), inquiridos pelo banco, apenas 2% considera que uma recessão global poderá acontecer ainda este ano. Já em 2019, há 41% que levantam essa hipótese, mas a o maior grupo (43%) considera que irá acontecer apenas depois de 2020, sendo que um enfraquecimento do crédito da China é visto como o maior risco para a prosperidade mundial, referido com 31% dos inquiridos.

A Europa deixou assim o pódio dos riscos e os gestores referiram ainda que a região está subavaliada. “A alocação às ações da zona do euro está no terceiro nível mais alto já registado. O desempenho recente parece devido à pausa, especialmente nos EUA”, sublinhou Ronan Carr, estrategista de ações europeias.

A expetativa de lucros globais está em máximos de três anos, com 56% dos inquiridos a apontarem para aumentos nos resultados nos próximos 12 meses.

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