O setor financeiro está em profunda mutação. Os bancos incumbentes estão pressionados para investir na inovação e no desenvolvimento de novos produtos – ou na digitalização de produtos já existentes – para competirem com novos agentes que tomaram de assalto o setor, como as fintech ou as big tech.
Mas as pressões vêm também, muitas vezes, da comunidade de investidores. A consultora norte-americana Oliver Wyman concluiu que apenas um quarto dos investidores inquiridos na eficácia das transformações digitais operadas pelos bancos tradicionais muito por causa da incerteza associada à mutação do setor financeiro. O relatório “When Vision and Value Collide”, da Oliver Wyman, concluiu ainda que apenas 1% dos investidores qualificam como credíveis os investimentos levados a cabo pela banca no digital.
Investir no digital parece ser uma inevitabilidade para a sobrevivência de um banco no mundo atual, mas a verdade é que um chief financial officer de um banco disse à Oliver Wyman que se sente “antiquado” quando pergunta por que razões os investimentos no digital ainda não deram retorno.
Ainda, outro CFO revelou que o banco onde trabalha “demorou mais de cem ano até chegar aos dez milhões de clientes, mas uma parceria com uma big tech fez isso da noite para o dia”, lê-se no relatório.
Apesar da concorrência, nomeadamente das fintech, a Oliver Wyman concluiu estas apenas contribuíram para 25% da queda das receitas dos bancos incumbentes. Já as baixas taxas de juro representaram 75% destas quedas.
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