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Investimento e emprego continuam em alta, segundo Banco de Portugal

Boletim Económico de Junho adverte, no entanto, para redução da capacidade de financiamento da economia portuguesa. Elevado grau de endividamento é uma das principais vulnerabilidades.
  • Jose Manuel Ribeiro/Reuters
12 Junho 2019, 13h17

O Boletim Económico de Junho do Banco de Portugal aponta para que o investimento e o emprego continuem em alta ente 2019 e 2021, ainda que com algum abrandamento. No que toca à formação bruta de capital fixo (FBCF), as últimas previsões mostram-se mais otimistas do que as divulgadas em março, passando de um crescimento de 6,8% para 8,7% em 2019, mantendo-se inalteradas no que diz respeito a 2020 (5,8%) e subindo ligeiramente em 2021 (de 5,2% para 5,5%).

Segundo o Banco de Portugal, o nível de FBCF chegará a 2021 num “nível ainda abaixo do verificado antes da crise financeira internacional”, devendo o investimento empresarial “atingir o nível pré-crise no final de 2019” e o investimento público ter um crescimento significativo, em parte devido ao recebimento de fundos comunitários.

Ainda assim, adverte-se que as projeções “apontam para uma redução da capacidade de financiamento da economia portuguesa”, resultante do maior dinamismo das importações face às exportações. “Esta evolução exige uma atenção particular, uma vez que o endividamento externo da economia portuguesa permanece num nível elevado e constitui uma das suas principais vulnerabilidades externas”.

No que toca ao emprego, o Banco de Portugal continua a prever um aumento, com crescimentos anuais de 1,3%, 0,8% e 0,4% entre 2019 e 2021, com a taxa de desemprego a continuar em queda, passando dos 7,0% verificados no ano passado para 6,3%, 5,7% e 5,3%. Segundo o banco central, “a produtividade do trabalho deverá aumentar, resultado da recuperação do investimento empresarial e da melhor afetação dos recursos na economia portuguesa, no seguimento de um processo de reorientação para os setores mais expostos à concorrência internacional”.

Por seu lado, o Boletim Económico de Junho prevê uma diminuição da taxa de inflação em 2019, dos 1,2% de 2018 para 0,9% (ainda assim, 0,1 pontos percentuais mais elevada do que era esperado no boletim de março), subindo para 1,2% em 2020 e 1,3% em 2021.

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