[weglot_switcher]

Investimento em capital de risco teve o melhor primeiro semestre dos últimos três anos

O mercado de fusões e aquisições em Portugal continua a cair em número de operações e a somar em termos de valor, de acordo com o mais recente relatório da Transactional Track Record, publicado esta quinta-feira.
5 Julho 2018, 13h57

O mercado de fusões e aquisições (M&A) em Portugal continua a cair em número de operações e a somar no que diz respeito à quantia das transações. De janeiro a junho deste ano, estas operações anunciadas movimentaram 13,9 mil milhões de euros, o que corresponde a mais 95,05% do que e igual período do ano passado.

Segundo o mais recente relatório da Transactional Track Record (TTR), o volume financeiro dos investimentos cresceu devido à Oferta Pública de Aquisição (OPA) da China Three Gorges à EDP – Energias de Portugal, avaliada em 9,1 mil milhões de euros. Ainda assim, para este diretório, a operação em destaque no segundo trimestre de 2018 foi a ronda de investimento de 309 milhões de euros da OutSystems, que tornou a empresa de software num ‘unicórnio’ e contou com o apoio fundos da KKR e da Goldman Sachs, banco cuja assessoria jurídica esteve a cargo da PLMJ.

Quanto ao capital de risco, os anúncios de investimentos realizados por fundos de venture capital somam no total deste ano duas dezenas de operações, um aumento de 25% em relação ao mesmo período do ano passado. Destas, 16 revelaram valores que somaram 429 milhões de euros. Trata-se do melhor primeiro semestre dos últimos três anos, de acordo com este documento. Em private equity, o segundo trimestre do ano foi favorável em termos de montante envolvido (944 milhões de euros), mas “não foi suficiente para evitar que o semestre terminasse no negativo (1,4 mil milhões de euros, menos 67%).

No entanto, em números de fusões e aquisições, o mercado português fechou o primeiro semestre de 2018 em baixa: nos primeiros seis meses do ano contabilizaram-se 150 operações (72 das quais entre abril e junho), o que significa uma queda de 12,79% quando comparado com o semestre homólogo de 2017.

“O segmento Imobiliário mantém a tendência iniciada em 2015 e aparece como o mais ativo do período. Foram 33 operações registadas pelo TTR envolvendo empresas do setor desde o início de 2018, total que fica abaixo das movimentações do ano precedente em 18%. Em alta, entretanto, aparece o segmento de Tecnologia, que obteve um crescimento de 47%, chegando a 25 operações nos seis primeiros meses do ano”, assinala o relatório publicado esta quinta-feira.

Ranking de assessorias jurídicas (1º semestre 2018)
PLMJ Advogados (10,5 mil milhões de euros)
Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (9,9 mil milhões de euros)
Serra Lopes, Cortes Martins Advogados e Linklaters Portugal (9,1 mil milhões de euros)

 

Ranking de assessorias financeiras (1º semestre 2018)
Millennium bcp (9,5 mil milhões de euros)
Bank of America (9,1 mil milhões de euros)
Lazard (495 milhões de euros)

*Por valor total de transações

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.