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Investimento estrangeiro atingiu os 343 milhões de euros em Lisboa no primeiro semestre de 2019

Este valor representa um crescimento de 10% face 311,8 milhões registados no primeiro semestre de 2018, embora observe um decréscimo de outros 10% face ao segundo semestre de 2018, período em que foram transacionados 382,5 milhões de euros.
2 Dezembro 2019, 17h30

O investimento estrangeiro em habitação na Área de Reabilitação Urbana (ARU) de Lisboa atingiu os 343,9 milhões de euros no primeiro semestre de 2019, segundo os dados apurados pela Confidencial Imobiliário no âmbito do SIR-Reabilitação Urbana e consideram operações de aquisição de imóveis residenciais concretizadas por particulares.

Este valor verificou-se num total de 759 operações, com o investimento internacional a registar um peso de 34% no total do investimento por particulares em habitação na ARU de Lisboa no primeiro semestre de 2019, o qual ascendeu aos 1,02 mil milhões de euros.

Estes 343,9 milhões de euros representam um crescimento de 10% face 311,8 milhões registados no primeiro semestre de 2018, embora observe um decréscimo de outros 10% face ao segundo semestre de 2018, período em que foram transacionados 382,5 milhões de euros.

O investimento internacional foi protagonizado por compradores de 70 países de todo o mundo, sendo que França (21%), China (14%), Brasil (8%), Estados Unidos (5%) e Reino Unido (5%) foram os mercados internacionais mais dinâmicos na compra de casas, embora outros oito apresentem já quotas no volume investido superiores a 3%. Nestes mercados encontram-se, a África do Sul, a Turquia, a Índia, a Itália, a Alemanha, a Suécia, o Vietname e a Bélgica.

Em termos de freguesias, a Misericórdia e Santa Maria Maior são os principais destinos do investimento estrangeiro em habitação, acolhendo investimentos de 55,5 milhões e 54,9 milhões de euros, respetivamente, e uma quota semelhante de 16%.

Destaque ainda para Santo António com uma quota de 12% e 42,8 milhões de euros investidos e Arroios, com uma quota de 11%, equivalente a 38,3 milhões de euros. Nestas quatro freguesias, o investimento internacional tem uma forte representatividade, sendo que em Santa Maria Maior, os estrangeiros são mesmo responsáveis por 80% de todo o investimento em habitação no semestre, enquanto que na freguesia da Misericórdia esse peso é de 54%. Em Santo António e Arroios esse peso é de, respetivamente, 48% e 47%.

“O investimento internacional em habitação continua muito robusto e dá continuidade à forte dinâmica do ano passado, quando se atingiu um patamar inédito de 694,3 milhões de euros. Nos dois anos anteriores, tal atividade situou-se entre os 300 e os 375 milhões anuais, ou seja, transacionando-se por ano praticamente o que se está a transacionar atualmente por semestre”, afirma Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial imobiliário.

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