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Irlanda deixa De Guindos sozinho na corrida à vice-presidência do BCE

O governador do Banco Central da Irlanda, Philip Lane, desistiu da candidatura ao ligar de número dois do Banco Central Europeu. O ministro da Economia de Espanha é agora o único candidato.
19 Fevereiro 2018, 14h05

O ministro das Finanças irlandês, Paschal Donohoe, anunciou esta segunda feira que o país retirou a candidatura do governo do banco central irlandês, Philip Lane, à vice-presidência do Banco Central Europeu (BCE). Assim, o único candidato à posição é o atual ministro da Economia de Espanha, Luis de Guindos.

Donohe afirmou, em comunicado, que Lane seria um candidato “excecionalmente qualificado” para o lugar. No entanto, considera que “a eleição do vice-presidente do BCE deve basear-se em consenso e não não deve ser uma fonte de discórdia”, disse.

“Neste contexto, decidi que, em ponderação, e do interesse da zona euro enquanto um todo, retirar a candidatura de Philip antes da votação”, explicou o ministro sobre a eleição que iria acontecer esta segunda-feira, à tarde, na reunião do Eurogrupo. Donohe acrescentou que não fica excluída a hipótese de a Irlanda candidatar Lane a outra posição no BCE.

A Irlanda tinha sido o primeiro país a anunciar um candidato, o economista e, desde outubro de 2015, governador do Banco Central da Irlanda. No entanto, o atual ministro da Economia de Espanha, Luis de Guindos, já era visto como favorito. Pelo menos, Portugal e Eslováquia já anunciaram que apoiam o espanhol.

Depois dos oito anos do mandato do português Vítor Constâncio, o processo de escolha do próximo vice-presidente do BCE foi aberto na primeira reunião do Eurogrupo deste ano e é o principal tema da nova reunião dos ministros das Finanças da zona euro, que acontece esta segunda-feira.

Nos próximos dois anos, a liderança de uma das mais importantes instituições da zona euro vai estar em destaque com a mudança de seis elementos do conselho executivo, incluindo o presidente. A decisão sobre o próximo vice-presidente é especialmente importante porque vai influenciar a sucessão de Mario Draghi, em 2019.

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