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Irlanda fecha escolas e estabelecimentos públicos após primeira morte causada pelo Covid-19

O trabalho remoto, já efetuado em alguns países, vai ser aplicado na República da Irlanda, sendo que as empresas que o possam fazer devem começar a preparar os trabalhadores. As lojas vão permanecer abertas e os transportes públicos vão continuar em funcionamento.
  • Reuters
12 Março 2020, 14h42

Escolas, universidades, creches e estabelecimentos públicos e culturais vão encerrar na República da Irlanda depois de o país ter declarado a primeira morte devido ao novo coronavírus (Covid-19) e à confirmação da existência de 43 casos positivos no país.

O primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, afirmou que estas medidas entram esta tarde em vigor até ao próximo dia 29 de março, cumprindo uma quarentena de 17 dias. O chefe do executivo assumiu ainda que o gabinete iria reunir esta tarde e informar a Irlanda do Norte e o Reino Unido sobre a forma como iriam proceder perante este surto.

Além disso, deu conta de que as reuniões dentro de portas com mais de 100 pessoas e as reuniões fora de portas com mais de 500 pessoas deveriam ser canceladas. Por sua vez, o vice-primeiro-ministro, Simon Coveney, disse que os aeroportos e os portos iriam permanecer abertos e em funcionamento.

O trabalho remoto, já efetuado em alguns países, vai ser aplicado na República da Irlanda, sendo que as empresas que o possam fazer devem começar a preparar os trabalhadores. As lojas vão permanecer abertas e os transportes públicos vão continuar em funcionamento.

Numa publicação no Twitter, Varadkar revelou que o governo se está a preparar “para todas as eventualidades”. O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças informou o governo de como proceder e que medidas tomar, conselhos esses que o governo irlandês já se encontra a seguir.

“Haverá muitos mais casos. Mais pessoas ficarão doentes e, infelizmente, devemos enfrentar a realidade trágica de que algumas pessoas vão morrer”, lê-se ‘post’ de Leo Varadkar. “O vírus continuará a espalhar-se mas pode ser mais lento”, realça.

“O seu impacto pode ser reduzido, tornando mais fácil para o nosso serviço de saúde lidar e dar mais tempo aos nossos cientistas para desenvolver mais testes, tratamentos e uma vacina. Como sociedade, temos o dever de proteger a nós próprios e, sobretudo, proteger os outros – nossos pais e avós, nossa família e amigos, colegas de trabalho e vizinhos”, disse Leo Varadkar.

“Sei que isto é um choque real e que vai envolver grandes mudanças na forma como vivemos as nossas vidas e sei que estou a pedir às pessoas para fazerem sacrifícios enormes”, assumiu o primeiro-ministro irlandês. “A nossa economia vai sofrer mas irá recuperar. O tempo perdido nas escolas e faculdades será recuperado e com o tempo as nossas vidas voltarão ao normal”, acrescentou.

“A Irlanda é uma grande nação, somos ótimas pessoas, já passámos por dificuldades e grandes lutas antes, vencemos muitas provas no passado”, sublinhou Varadkar.

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