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Isabel Mota: “Tenho a certeza de que a Partex vai ter um futuro brilhante”

A presidente da Fundação Gulbenkian afirmou esta segunda-feira que a decisão da venda da Partex “foi muito oportuna”, considerando que a petrolífera “vai ter um futuro brilhante no sentido de poder ter uma dimensão e os recursos necessários para evoluir”.
17 Junho 2019, 17h20

A presidente da Fundação Gulbenkian afirmou esta segunda-feira que a decisão da venda da Partex “foi muito oportuna”, considerando que a petrolífera “vai ter um futuro brilhante no sentido de poder ter uma dimensão e os recursos necessários para evoluir”.

Em conferência de imprensa, após a assinatura do acordo de venda da Partex, de que a Fundação detém a totalidade do capital, Isabel Mota realçou que a venda foi “muito oportuna” na medida em decorre numa altura em que “é preciso fazer novos grandes investimentos para fazer a empresa crescer”.

“Neste momento, tendo em conta o parceiro que escolhemos, tenho a certeza que a Partex vai ter um futuro brilhante no sentido de poder ter uma dimensão e os recursos necessários para evoluir e para poder aumentar a sua intervenção”, declarou.

Isabel Mota realçou que o negócio da pesquisa e exploração de petróleo exige “dimensão, capacidade financeira, grandes investimentos, por parte dos acionistas, e essa garantia é fundamental para garantir um novo patamar que a Partex vai poder alcançar”.

Em declarações aos jornalistas, a presidente da Gulbenkian sublinhou que o acordo salvaguardou as três condições fundamentais que a Fundação pôs: “A primeira era que o novo acionista tivesse robustez e um plano de investimentos para o futuro, em segundo lugar que tivesse em conta o ‘know how’ [conhecimento] e a capacidade dos trabalhadores da Partex e que houvesse garantia de continuidade de postos de trabalho para essas pessoas”.

O novo dono da Partex, a PTT Exploration and Production, empresa pública tailandesa de exploração e produção de petróleo, garantiu a salvaguarda dos 80 postos de trabalho (dos quais 50 em Lisboa), bem como a manutenção da equipa de gestão, liderada por António Costa e Silva.

Segundo Isabel Mota, foi ainda acordado manter “a marca Partex, que é reconhecida nas geografias em que opera, e a manutenção da delegação em Lisboa.

“Os nossos objetivos foram alcançados e encontramos do lado da empresa uma cultura extremamente correta e atenta às questões que tem a ver com os recursos humanos o que foi um fator fundamental”, disse Isabel Mota, quando questionada sobre o valor da operação, de 622 milhões de dólares (cerca de 555 milhões de euros).

Isabel Mota revelou que a proposta da empresa estatal tailandesa foi “a melhor” juntamente com outros factores, porque a operação foi tratada “não só em termos financeiros”.

Também presente na conferência de imprensa, o presidente executivo da PTT Exploration and Production, Phongsthorn Thavisin, afirmou que a Partex “fica bem” na estratégia de crescimento da empresa tailandesa, realçando que “vai ter um papel importante no plano de expansão e de crescimento na região do Médio Oriente”.

“A empresa conseguirá cumprir esse papel de fazer a Partex crescer”, acrescentou o responsável.

A Fundação Gulbenkian já tinha anunciado a intenção de sair do negócio da exploração de petróleo, que representa entre 18% a 20% dos rendimentos, para ser mais sustentável, um negócio criado em 1938 pelo seu fundador, Calouste Gulbenkian.

A PTTEP é uma empresa pública, cotada na Bolsa da Tailândia, que integra os índices Dow Jones Sustainability. A operar desde 1985, tem 46 projetos petrolíferos em 12 países espalhados pelo mundo.

Também citado no comunicado, o presidente executivo da Partex, António Costa e Silva, promete “trabalhar com o novo acionista com a mesma dedicação, lealdade e entusiasmo, para responder a todos os desafios e participar na transição energética contando sempre com a ajuda inestimável da equipa”.

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