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Israel dificilmente deixará de repetir as eleições

O debate no Knesset continuou ao longo da madrugada, mas ninguém acredita que haja margem de manobra para um entendimento entre Netanyahu e Gantz – principalmente um quadro em que o primeiro é acusado de vários crimes.
  • Ronen Zvulun /Reuters
12 Dezembro 2019, 07h54

Israel parece estar a caminhar a passos largos para uma terceira eleição, coisa sem precedentes no país, em apenas um ano – prolongando um impasse político que paralisou o governo e minou a fé de muitos cidadãos no processo democrático – mas durante a última madrugada pode ter sucedido uma espécie de milagre que possibilite uma reviraviolta e a formação de uma coligação maioritária.

A acreditar nos analistas, a única solução que impediria a marcação de novas eleições – que até já têm data: março do próximo ano – seria uma coligação entre o Likud de Benjamin Netanyahu e o partido Azul e Branco de Benjamin Gantz. Mas, verdadeiramente ninguém acredita em tal possibilidade. Não só porque Gantz sempre se mostrou indisponível para se coligar com Netanyahu, como tem agora mais um motivo, e muito ponderoso, para não o fazer: o ainda primeiro-ministro é acusado pelo Ministério Público de uma série de crimes, onde avulta a corrupção.

Neste momento, uma aliança com Netanyahu é, para qualquer israelita, um atestado de óbito político. Seja como for, o Knesset tinha até à madrugada de hoje para encontrar uma solução, depois de tanto Netanyahu como Gantz não terem conseguido encontrar forma de agregarem em seu redor os votos suficientes para formarem governo.

Ambos insistem há semanas em evitar outra campanha eleitoral, que ainda por cima deverá deverá produzir resultados semelhantes. De qualquer modo, quando o Ocidente acordar, deverá ficar a saber qual será o futuro próximo dos israelitas.

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