Depois do falhanço de Benjamin Netanyahu, é a vez de Benjamin Gantz tentar o mesmo: uma grande coligação ao centro dois dois partidos mais votados nas últimas eleições – a coligação azul e branca e o Likud. A fórmula é a mesma mas as posições seriam invertidas: seria a coligação a liderar o executivo e não o partido do ainda primeiro-ministro.
Os jornais israelitas afirmam que o primeiro ato simbólico de Gantz ocorrerá no próximo domingo, com uma tentativa de chegar a um acordo para uma grande coligação com o Likud. O presidente de Israel, Reuven Rivlin, lembrou a Gantz que “não há razão que justifique a celebração de terceiras eleições”, mas se o líder centrista fracassar na tentativa de formar um “governo de unidade liberal”, o país pode ser forçados a voltar às urnas entre fevereiro e março do próximo ano.
Nem o bloco de direita, encabeçado pelo Likud, nem o centro-esquerda, que lidera Azul e Branco, alcançam a maioria dos 61 votos no Kneset, o parlamento israelita.
Filho de imigrantes que fugiram do Holocausto na Europa Oriental – a sua mãe esteve detida num campo de concentração nazi – Gantz, formado em História pela Universidade de Tel Aviv e pós-graduado em Ciência Política pelo campus de Haifa, já disse que não aceitará a presença de Netanyahu numa grande coligação se o líder do Çlikud for acusado pelo procurador-geral pelas três acusações de fraude e suborno que sobre ele impendem.
Os analistas afirmam que, se a coligação mantiver a exigência, a união entre os dois partidos nunca poderá ser firmada – o que quer dizer que Gantz terá a mesma (pouca) sorte que Netanyahu.
Para todos os efeitos, e segundo as mesmas fontes, o mais provável é que o país siga para novas eleições – o que, em princípio, pouco mudará: a bipolarização vai manter o país ingovernável.
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