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Intenção de Sonangol vender posição na Galp marca PSI 20, que perde contra a corrente europeia

PSI 20 negoceia a perder 0,17%, para 5.5027,67 pontos, seguindo em contraciclo com as principais praças europeias.
14 Agosto 2018, 10h51

O principal índice bolsista português, PSI 20, negoceia a perder 0,17%, para 5.5027,67 pontos, em contraciclo com as principais praças europeias.

Em Lisboa, o destaque vai para Galp Energia. No dia em que o “Jornal de Negócios” noticiou que os angolanos Sonangol estão a negociar a venda da sua posição na petrolífera, a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva cai 0,28%, para 17,61 euros.

A desvalorização da Galp ocorre numa sessão em que, em Londres, o Brent avança 0,73%, para 73,14 dólares, e, em Nova Iorque, o WTI soma 0,77%, para 67,72 dólares.

“A Galp segue a desvalorizar, com receio de diminuição de procura com a guerra comercial”, analisa a senior broker da XTB, Carla Maia Santos, que lembra: “Não nos podemos esquecer, que as mercadorias denominadas em dólares encontram forte pressão nos mercados internacionais, face à forte valorização do dólar, uma vez que torna as matérias-primas relativamente mais caras”.

No mercado cambial, o euro perde 0,17% face à moeda norte-americana, para 1,13 dólares.

Mais, A Galp sobressai pela negativa perante o setor energético, que ganha com a EDP – Energias de Portugal a somar 0,23%, a EDP Renováveis a avançar 0,17% e a REN a ganhar 0,33%.

Outro destaque da sessão é o BCP. O banco liderado por Miguel Maya recua 0,15%, para 0,25 euros. “Com pouca exposição ao mercado turco, no entanto, o BCP é uma empresa que é facilmente contagiada pelo sentimento externo. Se a lira voltar a disparar, por contágio, podemos ver o BCP a derrapar”, explica Carla Maia Santos.

A moeda turca, que já vinha sendo fortemente castigada nos últimos meses, agravou as perdas nos últimos dias e bateu sucessivos mínimos face ao dólar, depois de os Estados Unidos terem duplicado as tarifas aplicadas às importações de aço e alumínio da Turquia. Em causa está a forma como Erdogan tem governado o país e a sua economia, sobretudo pela possível capacidade do banco central turco controlar a inflação e estimular o crescimento.

Entre as principais praças europeias, o alemão DAX cresce 0,38%, o britânico FTSE 100 avança 0,04%, o francês CAC 40 soma 0,26%, o holandês AEX cresce 0,43% e o italiano FTSE MIB valoriza 0,17%. O espanhol IBEX segue ‘flat’.

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