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Já são conhecidos os vencedores do ‘hackathon’ colaborativo da Santa Casa

A maratona de duas semanas de discussão dos desafios e duas semanas de trabalho, visou o desenvolvimento de soluções para um futuro da Economia Social mais sustentável.
29 Abril 2021, 19h40

O ‘Hackathon 100% Colaborativo’ da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa visa premiar estudantes, recém-licenciados, membros das comunidades alumni e colaboradores de organizações sociais, que se juntam para desenhar o futuro da economia social. Na edição de 2021, os desafios lançados incidiram sobre quatro áreas-chave do sector: digitalização, futuro do trabalho, sustentabilidade e avaliação de impacto na economia social.

A maratona de duas semanas de discussão dos desafios e duas semanas de trabalho, visou o desenvolvimento de soluções para um futuro da Economia Social mais sustentável. Realizou-se num formato totalmente digital através da plataforma TAIKAI, onde participaram 80 pessoas de diferentes áreas de conhecimento e experiências profissionais, que compuseram as 16 equipas participantes – quatro equipas totalmente dedicadas a cada um dos quatro desafios propostos.

Na categoria da “Digitalização da Economia Social”, o projeto vencedor foi o Dá+, um marketplace 100% solidário para a doação de produtos e artigos para entidades da economia social e a população.

O projeto Rede de Mentores Reformados, foi o vencedor do desafio “O futuro do trabalho no sector da Economia Social”. Trata-se de um programa que recruta reformados com ampla experiência em diversas áreas de negócio que querem contribuir com as organizações sociais em pro-abono;

O vencedor do desafio “A sustentabilidade da Economia Social” foi atribuído à +Social – rede social para o terceiro sector para que a sociedade civil, as organizações da economia social, empresas e investidores sociais possam comunicar entre si, através de publicações de novidades do sector (ofertas de trabalho, oportunidades de voluntariado, concursos, financiamento, etc.).

Por fim, a Joint4Impact, uma plataforma que faz a avaliação de impacto de soluções, através dos objetivos para o desenvolvimento sustentável e o ‘Impact Management Project’, que complementa com indicadores específicos para cada área de intervenção, gerando um relatório de impacto para melhoria contínua de solução, escala e obtenção de financiamento, por exemplo, venceu a categoria “A avaliação de impacto na Economia Social”.

“Com esta iniciativa pretendemos incentivar a colaboração no sector, capacitar as equipas com os workshops e as masterclasses ao longo das semanas, dotá-los de uma série de ferramentas e unir o know-how de diversas organizações a responder aos desafios e desenhar uma estratégia para a Economia Social”, esclarece Inês Sequeira, diretora do Departamento de Empreendedorismo e Economia Social (DEES) da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, fundadora e diretora da Casa do Impacto da mesma organização, e entidade organizadora da iniciativa.

A responsável salienta “o mérito das equipas que conseguiram em tempo recorde trazer inovação para o sector da Economia Social, compreenderam a dimensão dos problemas e desenvolveram projetos muito capazes. O próximo passo é organizar encontros de discussão e de capacitação com os projetos vencedores para percebermos como podemos ajudar a implementar as soluções, em conjunto com os nossos parceiros”.

Sérgio Cintra, administrador da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, refere que a Santa Casa “tem o papel de se adaptar, prever e incentivar a criação das novas respostas. Voltámos a organizar o Hackathon para desafiar e inquietar, com fim à inovação, num ano pandémico e em que Portugal marca a agenda europeia para a próxima década, com o seu apogeu na Cimeira Social do Porto. Todos estes acontecimentos provocaram uma consciencialização profunda e generalizada do papel da comunidade para a transformação e melhoria das condições de vida das populações, para que ninguém fique para trás”.

Por sua vez, Rita da Cunha Mendes, secretária de Estado da Ação Social, acompanhou o Hackathon e sublinha que “há muito potencial de inovação e empreendedorismo que deve ser aproveitado para a criação de riqueza económica, social e ambiental, através do rejuvenescimento, diversificação para maior eficiência, eficácia e qualidade dos serviços para que respondam eficazmente às organizações e cidadãos, como os modelos organizacionais inovadores de base tecnológica e sustentável, como se viu aqui nascer”.

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