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Jacob Rees-Mogg aumenta pressão no confronto com Theresa May

O líder da oposição interna a Theresa May parece estar a preparar um ‘assalto’ à posição da primeira-ministra. Imprensa diz que Rees-Mogg vai enviar carta ao Comité 1922.
15 Novembro 2018, 13h42

Jacob Rees-Mogg, parlamentar do Partido Conservador e presidente do European Research Group, vau enviar uma carta ao chamado Comité 1922 solicitando um voto de desconfiança na primeira-ministra Theresa May.

O Comité 1922 é formado pelos parlamentares conservadores e serve como uma espécie de backoffice de apoio aos deputados do partido, mas serve também como mecanismo de controlo da liderança do partido. A estrutura tem um gabinete executivo de 18 membros, cujo presidente supervisiona a eleição dos líderes partidários ou qualquer voto de confiança e desconfiança liderado pelo Partido Conservador – o que pode ser desencadeado por 15% dos deputados conservadores, se estes assinarem uma carta nesse sentido ao presidente.

Ora, Rees-Mogg afirma, segundo a imprensa britânica, que representa cerca de 50 deputados- o que é bem acima da margem mínima de 15% relativa aos 316 lugares ocupados pelos conservadores.

Com o envio da carta a Sir Graham Brady, presidente do Comité 1922, o presidente do ERG quer pressionar o parlamento a preferir um Brexit mais duro que aquele que é proposto pelo governo de Theresa May.

Rees-Mogg é há várias semanas o rosto mais visível do confronto entre Theresa May e o grupo de conservadores que considera o acordo com Bruxelas uma forma de rebaixamento para os britânicos. O histórico é de rebeldia constante em relação aos líderes do seu próprio partido. Durante o governo liderado por David Cameron, Rees-Mogg opos-se sistematicamente ao governo em questões como a introdução do casamento entre pessoas do mesmo sexo e a intervenção na Guerra Civil Síria.

Eurocético, fez campanha pelo Brexit durante o referendo e é insistentemente apontado como um potencial sucessor de Theresa May tanto como líder do Partido Conservador como primeiro-ministro.

Eis dois excertos da carta: “Lamentavelmente, o projeto de acordo de retirada apresentado hoje ao parlamento revelou-se pior do que o previsto e não cumpre as promessas dadas à nação pelo primeiro-ministro, seja por conta própria ou em nome de todos nós no manifesto do Partido Conservador.” “De acordo com as regras e procedimentos pertinentes do Partido Conservador e do Comitê 1922, esta é uma carta formal de desconfiança na líder do partido, Theresa May”.

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