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Jeremy Corbyn declara fim das negociações do Brexit

O líder do Partido Trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, anunciou hoje o fim das negociações com o Governo para chegar a um entendimento sobre o ‘Brexit’, alegando que foram “tão longe quanto possível”.
17 Maio 2019, 11h27

Numa carta aberta à primeira-ministra, Theresa May, Corbyn alega que “a posição do Governo se tornou cada vez mais instável e sua autoridade enfraquecida” por o partido Conservador estar a preparar-se para escolher um novo líder, o que põe em causa a “capacidade do Governo de cumprir qualquer acordo de compromisso”.

O Partido Conservador anunciou na quinta-feira que Theresa May aceitou encontrar-se com o presidente do grupo parlamentar, Graham Brady, no início de junho “para acordar um calendário para a eleição de um novo líder do Partido Conservador”, independentemente do resultado da votação.

As eleições internas deverão prolongar-se por várias semanas, dependendo do número de candidatos, e o vencedor torna-se não só líder do partido, mas também primeiro-ministro.

O processo só deverá começar após o Governo submeter aos deputados, na primeira semana de junho, num dia ainda incerto, a proposta de lei de implementação do ‘Brexit’ no parlamento, para conseguir pôr em prática o processo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

A proposta de lei é o texto legislativo que implementa o Acordo de Saída que estabelece os termos de saída do Reino Unido da UE, inicialmente prevista para 29 de março, mas adiada devido ao chumbo por três vezes do documento.

O governo qualificou como “imperativo” tentar aprovar a lei antes que os trabalhos do parlamento britânico sejam suspensos para férias em julho, para garantir que o país sai da UE antes do prazo de 31 de outubro estabelecido pelo Conselho Europeu.

“Após seis semanas de negociações, é justo que o Governo deseje testar novamente a opinião do parlamento, e consideraremos cuidadosamente quaisquer propostas que o Governo deseje apresentar para romper o impasse do ‘Brexit'”, afirmou Corbyn.

Porém, reiterou que “sem mudanças significativas”, o principal partido vai votar contra um acordo que considera que põe em risco a indústria, postos de trabalho e a economia do país.

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