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Jerónimo de Sousa: “Governador do BdP? Até podem lá pôr um verdadeiro artista que não fará a diferença”

Para o líder do PCP, é mais importante definir as funções do regulador que, na opinião de Jerónimo de Sousa, não pode continuar a ser “uma mera sucursal do Banco Central Europeu”. “Podem lá pôr um verdadeiro artista que não fará qualquer diferença”, assegura o deputado.
  • António Pedro Santos/Lusa
23 Junho 2020, 15h10

Jerónimo de Sousa revelou esta terça-feira que o PCP não concorda com o projeto lei do PAN que prevê um período de novo de cinco anos para que o ministro das Finanças possa assumir o cargo de Governador do Banco de Portugal.

Para o líder do PCP, é mais importante definir as funções do regulador que, na opinião de Jerónimo de Sousa, não pode continuar a ser “uma mera sucursal do Banco Central Europeu”. “Esta discussão está toda ao contrário, o que era fundamental era perceber se vamos ter um Banco de Portugal que firme a soberania na sua ação ou se temos uma sucursal do BCE (…) Mais do que discutir a pessoa ou o perfil, sem resposta a esta questão central bem podemos lá pôr um verdadeiro artista, que teria sempre de cumprir as ordens do BCE”, afirmou Jerónimo de Sousa, questionado pelos jornalistas, à saída de uma audiência com o Presidente da República.

O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou ainda que é necessário “avaliar a situação” e “e ir para o terreno perceber os focos” do surto na região da grande Lisboa, após reunião com o Presidente da República sobre o Orçamento Suplementar.

“Existe a necessidade de avaliar a situação, ir para o terreno e perceber os focos, o seu desenvolvimento e simultaneamente resolver o problema dos transportes públicos”, referiu Jerónimo de Sousa. “Tendo em conta as características de muitas daquelas populações, nestes cinco concelhos, é fundamental”, completou.

“Não estamos contra estas medidas definidas esta semana, mesmo aquelas mais complementares”, garantiu o líder do Partido Comunista, que persistiu na ideia de “seguir o rasto da cadeia de contaminação e conhecer a realidade em que nos movemos”

Sobre o Orçamento Suplementar, Jerónimo de Sousa voltou a mencionar que acredita ser “insuficiente” e lembrou ser preciso “acautelar os salários dos trabalhadores que viram o salário cortado”.

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