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Jerónimo Martins e Sonae põem bolsa de Lisboa a navegar no ‘verde’

O principal índice bolsista português soma 0,59%, para 4.979,84 pontos a meio da manhã desta terça-feira.
  • Benoit Tessier / Reuters
15 Janeiro 2019, 11h50

O principal índice bolsista português, PSI 20, soma 0,59%, para 4.979,84 pontos, a meio da manhã desta terça-feira, estando em linha com as principais praças europeias – onde só a espanhola IBEX35 e o italiano FTSE MIB surgem pintados de ‘vermelho’. No território nacional, destaca-se o retalho. A Jerónimo Martins dispara 5,98%, para 11,43 euros e a Sonae SGPS cresce 1,97%, para 0,88 euros.

A retalhista liderada por Pedro Soares dos Santos sobressai depois de ter anunciado ontem, após o fecho do mercado, que as receitas do grupo ascenderam aos 17,3 mil milhões de euros em 2018, uma subida de 6,5% em termos homólogos. Em Portugal, a dona Pingo Doce cresceu 4,6%, em termos homólogos, com as receitas de 2018 a ascenderem aos 3,8 mil milhões de euros. Também no mercado nacional, a insígnia Recheio teve um ano forte, com as vendas a subirem 4%, para 980 milhões.

Em sentido inverso aparece a EDP, que cai 0,78%, para 3,05 euros e a EDP Renováveis, que desce 0,57%, para 7,88 euros. A petrolifera Galp Energia tomba 0,34%, para 14,50 euros. “O petróleo recuperou parte das perdas de segunda-feira, chegou a negociar acima de $ 51, mas com a ligeira valorização do Dólar em relação ao Euro criou já alguma desvalorização, apenas provocada pelo efeito cambial”, explica Pedro Amorim, senior broker do XTB Market.

A marcar o dia bolsista está incontornavelmente a decisão da votação do acordo para o Brexit no parlamento do Reino Unido, que poderá levar à demissão da primeira-ministra, Theresa May. O mesmo analista refere que a libra esterlina “caiu como uma pedra após declarações de alguns deputados”.

“Espera-se que ao longo do dia, até aparecerem notícias fortes sobre a votação do acordo do Brexit, se dê uma consolidação nos níveis atuais. Se, de facto, o acordo for chumbado como apontam os jornalistas britânicos e provocar a demissão da PM May, teremos o GBP a desvalorizar e tem todo o caminho para registar mínimos históricos”, afirma Pedro Amorim.

As principais praças europeias seguem no ‘verde, com excepção da bolsa de Madrid (-0,09%) e da de Milão (-0,31%). Na Alemanha, o DAX sobe 0,12%, no Reino Unido, o FTSE 100 cresce 0,25%, o francês CAC valoriza 0,23%, o holandês AEX sobe 0,60%.

“É verdade que o bom desempenho das congéneres asiáticas e o facto de Wall Street ter conseguido aliviar dos mínimos da sessão, em especial a inversão do sentimento sobre as contas do Citigroup, que acabou a sessão a disparar quase 4% dão algum sustento, até porque daqui a pouco são reveladas as contas de JPMorgan e Wells Fargo”, lembra, por sua vez, Ramiro Loureiro, trader do Millennium bcp.

A cotação do barril de Brent sobe 1,29%, para 59,75 dólares, enquanto a cotação do crude WTI cresce 1,21%, para 51,12 dólares por barril.

No mercado cambial o euro deprecia 0,40%, para 1,14 dólares.

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