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João Proença garante que ADSE tem financiamento garantido

Numa conferência realizada no Porto, Carlos Silva defendeu que os pagamentos dos beneficiários do sistema devem descer, depois de superado o pior momento da crise.
  • Damir Sagolj / Reuters
10 Fevereiro 2018, 16h23

João Proença, presidente do Conselho Geral e de Supervisão da ADSE, garantiu este sábado que a instituição está “sólida financeiramente”, mas precisa de “muito maior rigor” na gestão, como forma de garantir uma perenidade longa do sistema de assistência médica aos funcionários e reformados da função pública.

O sistema precisa de estar sólido nas próximas décadas, disse aquele responsável no âmbito de uma conferência sobre ‘O Futuro da ADSE’, realizada este sábado no Porto, que recordou que a ADSE exige muito maior rigor e uma grande preocupação com os beneficiários.

“Não está em causa a sustentabilidade da ADSE no presente, há um fundo de sustentabilidade já de um valor muito apreciável que permite ter presentes quaisquer problemas pontuais que surjam”. Mas, enfatizou, se os beneficiários se forem embora, a ADSE deixa de ser sustentável.

Nos últimos anos a ADSE tem registado sempre “saldos positivos, que vão diminuindo, mas são positivos, portanto poderá haver é a preocupação relativamente a daqui a muitos anos”, afirmou o antigo secretário-geral da UGT.

Relativamente às novas tabelas de pagamento aos prestadores de serviços, João Proença recordou que há um processo negocial entre a ADSE e os representantes dos hospitais, das clínicas, dos transportes e de outras instituições, que deverá conduzir a alguns ajustamentos.

Também orador na conferência, Carlos Silva, sucessor de João Proença na UGT, afirmou que a posição da central sindical é “garantir que não haja privatização, nem que seja parcial, da ADSE” – matéria em que os sindicatos têm manifestado convergência. Para aquele responsável, a alteração deste estado de coisas – que é afinal um dos segredos do sucesso do sistema – poderia colocar em causa a sua própria validade e eficiência.

Carlos Silva foi ainda de opinião que os descontos para o sistema devem ser aliviados – depois de terem aumentado no período mais difícil da crise do início da década. Essa seria uma de devolver poder de compra aos beneficiários da ADSE, que de alguma forma pagaram diretamente a sua sobrevivência num dos períodos mais difíceis para todos.

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