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Jorge Sampaio e Vítor Constâncio ignoraram alertas sobre a CGD

O antigo gestor da Caixa Geral de Depósitos revela que ex-governador do Banco de Portugal nada fez com alerta de risco de créditos, em 2002, e recusou auditoria. Os avisos, transmitidos através de carta, chegaram à Presidência da República.
22 Fevereiro 2019, 09h35

O antigo governador do Banco de Portugal (BdP) Vítor Constâncio ignorou o alerta para falhas no controlo de risco de crédito na Caixa Geral de Depósitos (CGD) que lhe foi transmitido por carta, em 2002, pelo ex-administrador Almerindo Marques, que se demitiu da Caixa em desacordo com o então presidente do banco público, revela o Jornal Económico (JE) na edição  que está esta sexta-feira nas bancas.

O ex-Presidente da República, Jorge Sampaio, confirmou ao semanário que houve uma reunião com Almerindo Marques centrada no tema da CGD, nomeadamente as reservas que lhe foram transmitidas quanto a operações de crédito. Ao que revela o semanário da Megafin, estas reservas também ‘caíram em saco roto’.

“Confirmo que enviei três cartas – ao ministro das Finanças, ao presidente da CGD e ao governador do BdP. Na primeira carta, a [Guilherme d’] Oliveira Martins, transmiti as razões para querer sair do banco, pois era responsável por um órgão que não funcionava bem e era uma desorganização completa. Foquei a política de gestão da Caixa em geral e da Caixa BI e alertei, em particular, para a política de crédito, nomeadamente para situações e financiamentos que estavam a ser concedidos irregularmente”, explicou ao JE Almerindo Marques.

O JE refere que os avisos em causa constam de três cartas – uma remetida à tutela do banco, outra ao supervisor e uma terceira ao então presidente da Caixa – e que as cópias das mesmas foram enviadas, na altura, para Belém.

Leia mais na nova edição do Jornal Económico que chegou esta sexta-feira às bancas.

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