[weglot_switcher]

José Mário Branco foi um lutador e uma voz inconfundível da geração de Abril, diz Marcelo

O Presidente da República lamentou hoje a morte do músico José Mário Branco, aos 77 anos, lembrando-o como “um lutador” na oposição à ditadura e depois da revolução e uma voz “inconfundível” de uma “geração de Abril”.
  • JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
19 Novembro 2019, 12h02

Em declarações aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa descreveu José Mário Branco como alguém “sempre insatisfeito”, para quem “havia uma parte de Abril que estava por realizar”.

“E, nesse sentido, foi um símbolo de resistência, um símbolo de luta, um símbolo de esperança e um símbolo de permanente exigência à democracia portuguesa”, considerou o chefe de Estado.

Nascido no Porto, em maio de 1942, José Mário Branco é considerado um dos mais importantes autores e renovadores da música portuguesa, sobretudo no final dos anos 60, quando estava exilado em França, e durante o período revolucionário.

O seu trabalho estende-se também ao cinema e ao teatro. Regressado a Portugal, depois do 25 de Abril de 1974, foi fundador do Grupo de Ação Cultural (GAC), fez parte da companhia de teatro A Comuna, fundou o Teatro do Mundo, a União Portuguesa de Artistas e Variedades e colaborou na produção musical para outros artistas, como Camané e Amélia Muge.

Em 2018, José Mário Branco completou meio século de carreira, tendo editado um duplo álbum com inéditos e raridades, gravados entre 1967 e 1999. A edição sucede à reedição, no ano anterior, de sete álbuns de originais e um ao vivo, gravados de 1971 a 2004.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.