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JPP critica retirada de apoio do Governo ao Mercado de Agricultura Biológica do Funchal

Numa visita ao local o JPP, através do deputado Miguel Ganança, considerou “não ter dúvidas sobre o propósito da Secretaria Regional da Agricultura por detrás desta decisão, que é afastá-los dali, sem apelo nem agravo”.
28 Novembro 2024, 13h03

O Juntos Pelo Povo (JPP) considerou que a Secretaria Regional de Agricultura, Pescas e Ambiente está a ser “fortemente contestada” pelos comerciantes do Mercado de Agricultura Biológica do Funchal, tendo em conta a retirada de apoio do Governo Regional que, cedia e montava os toldos e as bancadas, como forma de incentivar e apoiar a agricultura biológica.

A força partidária salientou que este mercado, realiza-se desde 2007, todas as quartas-feiras, na Placa Central da Avenida Arriaga, contudo esta semana abriu com uma imagem muito diferente do habitual, com os comerciantes a trabalharem sem toldos e sem bancadas para exporem os produtos.

Numa visita ao local o JPP, através do deputado Miguel Ganança, considerou “não ter dúvidas sobre o propósito da Secretaria Regional da Agricultura por detrás desta decisão, que é afastá-los dali, sem apelo nem agravo”.

O JPP salientou tendo em conta os testemunhos que lhe foram relatados que a 8 de novembro realizou-se uma reunião entre o diretor regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Marco Caldeira, e os comerciantes, onde o governante terá informado que a Secretaria Regional da Agricultura, Pescas e Ambiente “deixaria de montar as bancadas e os toldos. A Secretaria acedeu, todavia, a um pedido dos comerciantes e adiou a decisão por duas semanas”.

O JPP salientou que pela primeira vez “abandonados” pela Secretaria Regional da Agricultura, Pescas e Ambiente, só um ou outro comerciante chegou de tenda à Placa Central da Avenida Arriaga, mas tiveram “muita dificuldade em montá-la, pelo que voltaram a guardá-la”.

Miguel Ganança referiu que “o desânimo, a revolta e a sensação de desprezo eram evidentes nos comerciantes”, e referiu tendo em conta as informações, já adiantadas pela Secretaria Regional da Agricultura, afirmou que “dizer que estas mudanças são para melhorar a sustentabilidade do mercado e minimizar impactos na comunidade e no espaço público, não nos parece sério e, em nosso entender, é um argumento forçado”.

O deputado do JPP disse que “falar em novas bancas, também não é sério, pelo que observamos hoje, os comerciantes tinham as caixas com os produtos empilhadas no chão. Assim como também não se percebe o argumento da Secretaria da Agricultura de que havia reclamações dos moradores por causa do barulho durante as montagens, quando estamos a falar de uma zona eminentemente comercial, de serviços, sendo difícil de compreender que montar pequenas estruturas metálicas como as que eram utilizadas no Mercado Biológico cause assim tanto barulho, e, se havia, talvez fosse uma questão de organizar melhor o serviço de montagem e nunca penalizar estas pessoas”.

Miguel Ganança acrescentou, que na conversa com os comerciantes, foi revelado que a Secretaria Regional de Agricultura terá afirmado, na tal reunião de 8 de novembro, que “não tinha pessoal nem dinheiro disponível para suportar as despesas com a montagem e desmontagem semanal do mercado”.

O deputado do JPP considera que “existem coisas que têm de ser esclarecidas” e adiantou que “o JPP é, por princípio, a favor de melhorias e eficiência dos serviços e da imagem, mas pelos argumentos da Secretaria e pelo que conseguimos observar ao vivo, é difícil enquadrar tudo isto no conceito de melhoria”.

Miguel Ganança salientou que “o Governo tem de ser claro, ou é falta de dinheiro e de pessoal, como terá sido afirmado aos comerciantes, ou há uma tentativa de melhoria da imagem do Mercado Biológico, em que ficamos?”.

O JPP acrescentou que desde que se iniciou o Mercado Biológico que este se tornou um ponto de encontro semanal, a “única referência de produtos agrícolas biológicos e até um evento apreciado” por turistas.

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