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JPP quer alargamento de apoios à comunicação social a projetos digitais

Este apoio visa trazer maior equidade nos apoios que o diploma em vigor não contempla, explicou o partido.
22 Janeiro 2019, 11h18

O JPP quer alargar os apoios à comunicação social a projetos digitais com o intuito de “repor maior justiça” levando em conta o avanço tecnológico que tem existido no sector.

“Este apoio visa trazer maior equidade nos apoios que o diploma em vigor não contempla”, explicou Paulo Alves, do JPP, na sessão plenário que decorre na Assembleia Regional.

O BE, Rodrigo Trancoso, levantou preocupação com o limite mínimo de apoio de 60 mil euros questionando qual seria o procedimento se esse apoio fosse superior às despesas elegível pelo órgão de comunicação social.

“O que se passa na Madeira é uma vergonha em termos de imprensa escrita e em termos culturais e lesivos para os jornalistas eu trabalham nesse órgãos que são manipulados e quase obrigados a fazer auto-censura nos seus trabalhos”, afirmou Gil Canha, deputado independente. A deputada do PTP, Raquel Coelho, foi também crítica da proposta do JPP afirmando que se “quer construir a casa de cima para baixo” acrescentando que “o grande problema da comunicação social é a liberdade de imprensa e de expressão”.

A deputada trabalhista refere que se quer atribuir apoios de 300 mil e depois corre-se o risco de levar com processos de difamação de valor muito superior.

O PCP mostrou-se favorável pressupostos da proposta apresentada pelo JPP sugerindo que fosse atribuída uma maior majoração para a inclusão de desempregados de longa duração enquanto que o CDS-PP defendeu que deve haver um valor mínimo para os apoios a conceder à comunicação porque se não houver “podem ser excluídos” projectos válidos para a comunidade.

Já o PS, referiu Victor Freitas, sublinhou que a regra para os apoios à comunicação social deve ser a da “transparência e da igualdade” e alertou para “as fake-news e as verdades alternativas” que saem de “correntes populistas outras vezes alimentadas por partidos políticos” que sem filtros da comunicação social deixam correr nos diferentes suportes “várias falsidades informativas e verdades alternativas” que vários eixos populacionais acreditam.

“Sem mediador que é o jornalista perde a democracia”, disse o deputado do PS.

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