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Juiz Ivo Rosa travou escutas a jiadistas iraquianos detidos em Portugal

O Tribunal de Relação de Lisboa revogou o despacho emitido por Ivo Rosa e concordou com o protesto do Ministério Público, que tinha recorrido da decisão do juiz de instrução. No entanto, a investigação da Polícia Judiciária ficou parada durante três meses, segundo o “Expresso”.
10 Setembro 2021, 09h44

O juiz de instrução Ivo Rosa tentou travar as escutas que estavam a ser realizadas aos irmãos iraquianos detidos na última semana na Polícia Judiciária por suspeitas de crimes de terrorismo cometidos no Iraque em nome do Daesh, avança o “Expresso”. Os irmãos Yasir e Ammar Ameen estavam já sob alvo de escutas telefónicas e de varrimento eletrónico mas Ivo Rosa indeferiu o pedido de renovação. Os iraquianos estavam já a ser investigados pela Unidade Nacional de Contraterrorismo em 2017 por suspeitas de crimes cometidos contra a humanidade em nome do Daesh.

De acordo com o “Expresso”, o Tribunal de Relação de Lisboa revogou o despacho emitido por Ivo Rosa e concordou com o protesto do Ministério Público, que tinha recorrido da decisão do juiz de instrução. No entanto, a investigação da Polícia Judiciária ficou parada durante três meses, depois de terem sido detetados contactos entre os suspeitos e outros iraquianos na Alemanha.

A publicação adianta que a luz verdade inicial foi dada em outubro de 2017, mas que quatro meses depois recusou prolongar as autorizações, considerando que se tratava de um período muito longo de investigação em que “não existiu qualquer conversação relacionada com os factos em investigação”. Ivo Rosa terá ainda argumentado que os crimes não tinham sido cometidos em Portugal mas no Iraque, o que não justificaria a continuidade das escutas.

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