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Julgamento de Lula da Silva já começou

A sessão foi aberta pelo juiz desembargador e presidente da 8.ª Turma do Tribunal de Recursos da Quarta Região, Leandro Paulsen, na cidade brasileira de Porto Alegre. O ex-chefe de Estado brasileiro foi condenado num caso envolvendo um apartamento de luxo num condomínio do Guarujá, cidade do litoral de São Paulo.
24 Janeiro 2018, 10h51

O julgamento de um recurso contra a condenação de nove anos e meio de prisão apresentada pela defesa do ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva começou às 08:30 locais (10:30 em Lisboa).

A sessão foi aberta pelo juiz desembargador e presidente da 8.ª Turma do Tribunal de Recursos da Quarta Região, Leandro Paulsen, na cidade brasileira de Porto Alegre.

O ex-chefe de Estado brasileiro foi condenado num caso envolvendo um apartamento de luxo num condomínio do Guarujá, cidade do litoral de São Paulo.

A decisão foi tomada pelo juiz federal Sérgio Moro, que tem a cargo a operação Lava Jato, que investiga a corrupção em várias empresas estatais.

Segundo Sérgio Moro, o antigo Presidente brasileiro ganhou um apartamento de luxo da construtora OAS, que também realizou obras de melhoria no imóvel em troca de conseguir vantagens em contratos com a petrolífera estatal Petrobras.

Para o Ministério Público Federal, a reforma foi oferecida pela empresa por troca de ações do ex-Presidente no esquema de corrupção da Petrobras.

Já os advogados de defesa alegam que Lula da Silva é inocente, que não é dono do apartamento citado no processo e que o juiz Sérgio Moro não deveria sequer ter analisado as denúncias já que elas não teriam ligação direta com os processos da operação Lava Jato.

A defesa também argumenta que Sérgio Moro condenou Lula da Silva, mas não indicou quais os contratos firmados pela OAS com a Petrobras que teriam sido diretamente influenciados pelo ex-presidente, e que a sentença é resultado de uma perseguição política.

Agora caberá a três juízes desembargadores que integram a 8.ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) decidirem se mantêm a condenação ou acatam o recurso dos advogados de defesa, que pede a absolvição do ex-Presidente brasileiro.

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