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Juncker e May concordam na tentativa de encontrarem um acordo mais amplo

Da reunião desta manhã entre os dois resultou um comunicado conjunto. Londres e Bruxelas voltam a encontrar-se antes do fim do mês de fevereiro. Mas tudo parece muito difícil.
  • Reuters
7 Fevereiro 2019, 13h09

A primeira-ministra britânica, Theresa May, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, reuniram-se esta quinta-feira para rever os próximos passos do Brexit, num quadro em que o Reino Unido pretendia reabrir as negociações em torno do cláusula de salvaguarda em relação à fronteira entre as duas Irlandas e a União Europeia (UE) pretendia exatamente o contrário.

As negociações não avançaram de forma eficaz, mas ambos emitiram um comunicado conjunto em que afirmam que “as conversações foram realizadas com o espírito de trabalhar em conjunto para conseguir a retirada ordenada do Reino Unido da UE, especialmente no contexto de uma determinação compartilhada para alcançar uma forte parceria para o futuro”.

Theresa May descreveu-o no contexto surgido, depois de o Parlamento do Reino Unido ter votado, na semana passada, uma mudança juridicamente vinculativa para os termos do recuo, tendo “levantado várias opções para lidar com essas preocupações no contexto do acordo de retirada, conforme os seus compromissos com o Parlamento”.

Mas de pouco valeu: “o presidente Juncker sublinhou que a UE27 não reabrirá o acordo de retirada, que representa um compromisso cuidadosamente equilibrado entre a União Europeia e o Reino Unido, em que ambas as partes fizeram concessões significativas para chegar a um acordo”.

No entanto, Juncker “manifestou a sua abertura para acrescentar uma formulação à declaração política acordada pela UE-27 e pelo Reino Unido, a fim de ser mais ambiciosa em termos de conteúdo e rapidez no futuro relacionamento entre a União Europeia e o Reino Unido”. E chamou a atenção para o facto de qualquer solução ter de ser acordada pelo Parlamento Europeu e pela UE27.

“A discussão foi robusta, mas construtiva”, diz o comunicado. “Apesar dos desafios, os dois líderes concordaram em que as suas equipas deveriam discutir sobre se é ainda possível uma forma de obter o apoio mais amplo possível no Parlamento do Reino Unido e respeitar as diretrizes acordadas pelo Conselho Europeu”.

Os dois dirigentes acordaram ainda que “reunirão novamente antes do final de fevereiro para fazer um balanço dessas discussões”.

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