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Juncker elogia Manfred Weber e diz que o partido está a apoiar “unanimemente” o candidato

“Quero explicar que estou fortemente empenhado em ter Manfred Weber como presidente da Comissão Europeia. Isto parece normal, mas nada é normal nas famílias políticas. Eu quero que ele se torne o próximo presidente da Comissão”, afirmou Juncker.
13 Junho 2019, 10h43

A família política ‘Spitzenkandidat’ parece estar a ganhar terreno nas jornadas parlamentares. O candidato do Partido Popular Europeu (PPE), Manfred Weber, para o cargo de presidente da Comissão Europeia recebeu uma passagem de testemunho por parte do atual presidente, Jean Claude Juncker.

“Quero explicar que estou fortemente empenhado em ter Manfred Weber como presidente da Comissão Europeia. Isto parece normal, mas nada é normal nas famílias políticas. Eu quero que ele se torne o próximo presidente da Comissão”, afirmou Juncker, que está no cargo há cinco anos, diz a agência Lusa.

Quando os jornalistas questionaram Juncker sobre se o Partido Popular Europeu poderá apoiar ou aceitar outro presidente da Comissão Europeia, o ainda presidente garantiu que “não há plano B, nem sequer há plano A, há uma decisão”. O antigo primeiro-ministro luxemburguês sublinhou que o partido “não está a apoiar qualquer candidato, está a apoiar unanimemente Manfred Weber”.

Mas não foi só Jean Claude Juncker que teceu elogios. O candidato alemão considerou que a história dos últimos cinco anos “foi um grande registo de sucessos na União Europeia”. Assim, o líder parlamentar do partido chegou a comparar a situação económica de há cinco anos, afirmando que “há mais gente do que nunca a ter emprego na União Europeia”.

Weber destacou ainda a capacidade do presidente em unir “diferentes países e diferentes famílias políticas”, sublinhando o desejo de lhe suceder para “manter a Europa junta”.

No entanto, apesar de Juncker apoiar Weber por serem da mesma família política, existem chefes de Estado que estão contra a sua chegada. António Costa, em conjunto com mais de uma dezena de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, não concorda com a nomeação do alemão para a presidência da Comissão Europeia por este não apresentar experiência executiva.

No entanto, após um jantar informal com o espanhol Pedro Sánchez, o belga Charles Michel, o holandês Mark Rutte, o croata Andrej Plenkovic e o letão Krisjanis Karins, o primeiro-ministro croata sublinhou que as posições políticas estão bem assentes no mesmo pressuposto. “As primeiras posições estão completamente identificadas: nós apoiamos Weber, os socialistas [Frans] Timmermans e os liberais [Margrethe] Vestager”, apontou, defendendo a necessidade de continuar as negociações.

No plano A de Costa, Timmermans surge como presidente da Comissão, Vestager como presidente do Conselho e o PPe de Weber fica com a presidência do Parlamento Europeu e o cargo de Alto Representante da União Europeia para a Política Externa e Segurança. O plano do primeiro-ministro português foi rejeitado em absoluto pelo PPE.

Caso Weber seja eleito o próximo presidente da Comissão Europeia, esta será a primeira vez que um membro eleito do Parlamento Europeu ocupará este cargo. As negociações para a escolha dos cargos institucionais de topo da União Europeia incluem as presidências do Parlamento, Comissão e Conselho, o cargo de Alto Representante para Política Externa e a liderança do Banco Central Europeu.

O Conselho Europeu, presidido por Donald Tusk, deverá tomar uma decisão final na cimeira de 20 e 21 de junho, podendo o futuro ou futura presidente da Comissão ser eleito pelo Parlamento Europeu no próximo mês.

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