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Juncker faz hoje o último discurso sobre o estado da União

O discurso sobre o estado da União deste ano reveste-se de especial importância não apenas por ser o último discurso do luxemburguês à frente da Comissão, mas também porque é o ultimo antes das eleições europeias.
  • Vincent Kessler/Reuters
12 Setembro 2018, 07h20

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, faz esta quarta-feira o quarto e aquele que é o seu último discurso sobre o estadão da União. Juncker deverá avaliar o impacto das medidas propostas pelo executivo comunitário nas dez áreas prioritárias e avançar com as metas que Bruxelas pretende atingir antes das eleições para o Parlamento Europeu do próximo ano.

Após o debate, os eurodeputados irão fazer o balanço dos resultados da “Comissão Juncker” até à data e definir as prioridades a alcançar pela instituição europeia e refletir sobre os desafios mais prementes enfrentados pela UE.

O discurso sobre o estado da União deste ano reveste-se de especial importância não apenas por ser o último discurso do luxemburguês à frente da Comissão, mas também porque é o ultimo antes das eleições europeias.

Entre o escrutínio do estado da execução das medidas das prioridades estão: um novo impulso para o mercado de trabalho, crescimento e investimento; um mercado único digital; uma união energética resiliente; um mercado interno mais forte; uma União Económica e Monetária mais profunda e mais justa; uma política comercial; um espaço de justiça e direitos fundamentais assente na confiança mútua; uma nova política de migração; e uma união de mudança democrática.

Em 2017, no debate sobre o estado da União o presidente da Comissão abordou os planos de defesa, segurança, migração, comércio internacional assim como os mecanismos para fortalecer a capacidade orçamental da UE.

Entre as questões levantadas pelos deputados deverão estar a situação das várias iniciativas legislativas anunciou, e desde então, aquando da posse em 2014 e quantos dos compromissos assumidos levaram a propostas formais até agora, uma vez que são pontos levantados escrutinados pelo relatório “The Juncker Commission’s ten priorities State of play in early 2018”, publicado pela CE em janeiro deste ano.

Segundo as conclusões, três anos depois da tomada de posse, os comissários europeus apresentaram oito em dez das iniciativas propostas , tendo 37% destas sido decretados ou adotadas. O mercado único digital, considerada uma das áreas prioritárias para Bruxelas, foi a das áreas que viu serem apresentadas mais das iniciativas anunciadas no programa : 94%, tendo sido adoptadas cerca de 41%. Já áreas como a energia assistiram a um ritmo de adopção de medidas mais lento, com apenas 28% das iniciativas adoptadas.

“No geral, no entanto, as evidências sugerem que, passo a passo, as instituições europeias estão a promulgar colectivamente o ‘plano Juncker’”, considera o relatório.

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