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Juncker: Portugal não teria tido “crescimento tão robusto” se a Comissão Europeia tivesse aplicado sanções

No Fórum do Banco Central Europeu, o presidente da Comissão Europeia destacou o impacto positivo para a economia portuguesa e espanhola de Bruxelas não ter imposto “sanções económicas prematuramente” há três anos e elogiou o caminho “credível” seguido por Portugal.
  • Vincent Kessler/Reuters
19 Junho 2019, 10h10

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse esta quarta-feira que a flexibilidade da Comissão Europeia ao não impôr sanções há três anos foi essencial para a recuperação da economia portuguesa e espanhola.

“Se há três anos tivéssemos sido rígidos na nossa abordagem das regras orçamentais e aplicado sanções económicas prematuramente, estes países não teriam tido um crescimento robusto e tido sido capazes de corrigir as finanças públicas”, referiu Juncker no último dia da 6ª edição do Fórum do Banco Central Europeu (BCE), em Sintra.

Juncker reconheceu, no entanto, o mérito das políticas adoptadas pelos governos de Portugal e Espanha. “O crédito também vai para os governos destes países que escolheram um caminho credível e colaborativo em benefício dos seus cidadãos”, acrescentou.

Portugal saiu em junho de 2017 do Défice por Procedimento Excessivo, ao fim de oito anos, e após ter reduzido o défice para 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016, abaixo da meta dos 3% inscrita no Programa de Estabilidade e Crescimento e ganhando maior flexibilidade na contabilização de algumas despesas públicas no défice e credibilidade nos mercados. Já Bruxelas tirou Espanha do “braço corretivo” em junho deste nao.

No entanto, foi o impacto da flexibilidade das políticas orçamentais na zona euro que o presidente da instituição vincou, apesar de reconhecer ter “recebido críticas de ambos os lados do espectro”.

“Nos últimos quatro anos, esta abordagem flexível permitiu impulsionar a economia europeia em 0,8%”, acrescentou.

O discurso do luxemburguês ocorre na véspera da Cimeira do Conselho Europeu, presidido por Donald Tusk, e que deverá tomar uma decisão final sobre quem lhe irá suceder.

(Atualizado às 11h10)

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