“Precisamos de um ministro europeu da Economia e Finanças, alguém que acompanhe as reformas estruturais nos nossos Estados-membros. Ele pode apoiar-se no trabalho levado a cabo pela Comissão desde 2015, no quadro do seu serviço de apoio à reforma estrutural”, apontou Juncker no seu discurso anual sobre o Estado da União Europeia no Parlamento Europeu.
Segundo o presidente do executivo comunitário, “este ministro europeu da Economia e Finanças deveria coordenar o conjunto dos instrumentos financeiros da UE quando um Estado-membro entra em recessão ou é atingido por uma crise que ameace a sua economia”.
“Não sou pela criação de uma nova função. Por razões de eficácia, defendo que esta tarefa seja confiada ao comissário europeu responsável pela Economia e Finanças – idealmente, o vice-presidente da Comissão – e ao presidente do Eurogrupo”, esclareceu.
Em plena reflexão sobre o futuro do bloco, do qual o Reino Unido deve sair no fim de março de 2019, Juncker também propôs a fusão dos cargos de presidente do Executivo comunitário (Comissão) e de chefe do Conselho Europeu, que coordena os debates dos 28 governantes do bloco.
“A eficácia europeia ganharia força se conseguíssemos unir as presidências da Comissão Europeia e do Conselho Europeu”, afirmou, antes de completar que “a paisagem europeia seria mais compreensível se o barco europeu fosse pilotado por apenas um capitão”.”O facto de ter apenas um presidente refletiria de modo melhor a verdadeira natureza de nossa União Europeia, uma união de Estados e uma união de cidadãos”, disse.
Atualmente, o francês Pierre Moscovici é o comissário europeu responsável pelos Assuntos Económicos e Financeiros – enquanto o vice-presidente Valdis Dombrovskis tem a seu cargo a pasta do Euro -, enquanto o fórum de ministros das Finanças da zona euro, o Eurogrupo, é presidido pelo holandês Jeroen Dijsselbloem, que termina o seu mandato em janeiro de 2018.
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