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Juros da dívida a dois anos dos EUA em máximos desde 2008

As yields das Treasuries a 10 anos subiram sete pontos base para 3,06% esta terça-feira, enquanto a dois anos ganharam dois pontos base para 2,568%, em parte devido à expetativa sobre o ajustamento da política monetária a novos dados económicos.
15 Maio 2018, 16h26

Os juros da dívida norte-americana seguem em alta esta terça-feira em todas as maturidades, com as yields das Treasuries a 10 anos em máximos desde 2011 e a dois anos em máximos desde 2008. Os dados do retalho, conhecidos esta terça-feira, levaram os traders a aumentar as apostas de que a Reserva Federal norte-americana vai subir a federal funds rate mais depressa que o esperado.

As yields das Treasuries a 10 anos subiram sete pontos base para 3,06% esta terça-feira, enquanto a dois anos ganharam dois pontos base para 2,568%. A movimentação está, em parte, relacionada com as expectativas sobre o ajustamento da política monetária face a novos dados económicos.

As vendas no retalho dos EUA aumentaram 0,3% em abril, face a março, e 4,7% em comparação com o mesmo mês do ano passado. Os dados gerais publicados pelo Departamento de Comércio norte-americano corresponderam à expetativa dos analistas, que ressalvaram que o preço do galão de gasolina já ficou 31% mais caro desde o início do ano.

Após anos em que a dúvida era se a inflação iria aumentar, o receio é agora que os preços disparem. Depois da divulgação dos dados, os analistas consultados pela Bloomberg aumentaram a estimativa de subidas nos juros de referência pela Fed. Atualmente, mais de metade considera que o banco central dos EUA vai subir a federal funds rate mais três vezes este ano (quatro no total), acima da própria indicação da Fed.

Além da normalização da política monetária, as Treasuries também estão a ser pressionadas pelo aumento do défice no país. Ainda assim, os traders de Obrigações consultados pela agência estarão ainda numa posição de esperar pelos desenvolvimentos.

“Estamos focados nos fatores técnicos que estão a conduzir este selloff e, enquanto o preço mostrar um cenário bearish para os 10 anos, vamos manter-nos à parte e esperar que a pressão vendedora diminua antes de darmos uma facada nas posições longas”, explicaram os estrategistas da BMO Capital Markets, Ian Lyngen e Aaron Kohli.

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