[weglot_switcher]

Juros soberanos disparam com palavras de Draghi ao Parlamento Europeu

Mario Draghi disse que vê uma recuperação “relativamente vigorosa” da inflação subjacente da zona do euro, sinalizando que o Banco Central Europeu está bem encaminhado para aumentar as taxas de juros no final do próximo ano. No seu discurso no Comité para os Assuntos Económicos e Monetários no Parlamento Europeu, disse ainda que espera que os salários continuem numa trajetória de subida. Juros soberanos disparam na Europa e euro valoriza.
24 Setembro 2018, 15h16

O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, discursava no Parlamento Europeu, quando disse que a recuperação da inflação e dos salários na zona euro estavam a subir de forma vigorosa.

Mario Draghi disse que vê uma recuperação “relativamente vigorosa” da inflação subjacente da zona do euro, sinalizando que o Banco Central Europeu está bem encaminhado para aumentar as taxas de juros no final do próximo ano.

O presidente do BCE disse ainda ao Parlamento Europeu q ue as projeções económicas da sua instituição – mostram uma média de inflação de apenas 1,7% até 2020, pouco abaixo da meta de 2%.

No seu discurso no Comité para os Assuntos Económicos e Monetários no Parlamento Europeu, disse ainda que espera que os salários continuem numa trajetória de subida.

“Espera-se que a inflação subjacente aumente ainda mais nos próximos meses, à medida que o aperto no mercado de trabalho está  a fazer subir o crescimento dos salários”, disse o presidente do BCE.

Os mercados de dívida soberana estão a reagir. Os juros a 10 anos da dívida alemã sobem 4,5 pontos base para uma yield nos 0,507%. O mesmo se passa com a dívida francesa que sobe 4,7 pontos base para 0,826% no mercado secundário. Os países periféricos também vêem a dívida agravar. Portugal tem os juros a subirem 2,3 pontos base para 1,892%. Espanha tem a sua dívida a agravar 2,8 pontos base para 1,523% e Itália então é o mais penalizado com os juros da dívida pública a subirem 8,5 pontos base para 2,915%.

O BCE deve encerrar seu programa de compra de dívida em dezembro e espera manter as taxas de juros em mínimos históricos pelo menos até o verão de 2019.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.