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Kaspersky alerta para aumento de aplicações maliciosas que se fazem passar por VPNs

Em maio, as autoridades desmantelaram uma botnet que utilizava várias VPNs gratuitas. Os utilizadores que instalaram estas aplicações viram seus dispositivos transformados em servidores proxy, canalizando o tráfego de terceiros. Essa rede maliciosa abrangeu 19 milhões de endereços IP únicos em mais de 190 países.
REUTERS/Kacper Pempel
29 Novembro 2024, 19h21

No terceiro trimestre de 2024, a Kaspersky reportou um aumento quatro vezes maior no número de utilizadores que se depararam com aplicações falsas que se apresentam como VPNs gratuitas, em comparação com o trimestre anterior. Essas aplicações, que continham malware, representaram um risco significativo, pois poderiam ser utilizadas por cibercriminosos para comprometer a segurança dos dispositivos.

As VPNs (Redes Privadas Virtuais) são amplamente utilizadas para oferecer segurança e privacidade ao ocultar o endereço IP dos utilizadores. Além disso, permitem que os utilizadores “mudem” de localização, acedendo a conteúdos com restrições geográficas em serviços de streaming. Contudo, serviços de VPN gratuitos frequentemente trazem desvantagens, tornando os utilizadores vulneráveis a ataques cibernéticos.

Em maio de 2024, as autoridades desmantelaram uma botnet conhecida como 911 S5, que utilizava várias VPNs gratuitas, como MaskVPN e DewVPN. Os utilizadores que instalaram estas aplicações viram seus dispositivos transformados em servidores proxy, canalizando o tráfego de terceiros. Essa rede maliciosa abrangeu 19 milhões de endereços IP únicos em mais de 190 países, tornando-se uma das maiores redes de bots já registadas. Os administradores da botnet vendiam acesso a esses servidores proxy para cibercriminosos, facilitando ciberataques, lavagem de dinheiro e fraudes em massa.

Vasily Kolesnikov, especialista em Segurança da Kaspersky, refere que “há uma procura crescente de aplicações VPN em todas as plataformas, e os utilizadores frequentemente acreditam que aplicações encontradas em lojas oficiais são seguras, especialmente se forem gratuitas”.

No entanto, esse é um caminho que pode conter várias armadilhas, “como demonstram os casos recentes e o aumento de encontros com aplicações VPN maliciosas. Para se manterem seguros, os utilizadores devem ter cuidado com estas ameaças e optar por soluções de segurança e serviços VPN confiáveis”, aconselha Vasily Kolesnikov.

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