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Arábia Saudita diz que jornalista Jamal Khashoggi foi assassinado

O governo admite admite que a morte do jornalista foi um “tremendo erro”, mas nega que o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman tenha qualquer envolvimento no caso.
22 Outubro 2018, 10h29

A Arábia Saudita contou uma nova versão sobre a morte de Jamal Khashoggi, considerando que o jornalista foi assassinado numa “operação desonesta” e que o príncipe herdeiro daquele país tenha tido envolvimento no caso, de acordo com o que o ministro dos Negócios Estrangeiros árabe, Adel al-Jubeir, afirmou à “Fox News” recentemente.

Adel al-Jubeir contou ao canal norte-americano que a morte do jornalista foi um “tremendo erro” e negou que o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman (na foto) tenha qualquer envolvimento no caso.

Embora as declarações do governante saudita, a tensão internacional parece crescer com a Arábia Saudita uma vez que as autoridades do país têm oferecido relatos contraditórios da morte do Jamal Khashoggi.

Jamal Khashoggi foi visto com vida, pela última vez, no consulado saudita em Istambul, Turquia. Inicialmente, foi reportado pelas autoridades sauditas que o jornalista, radicado nos Estados Unidos, teria saído ileso do edifício no dia 2 de outubro, quando o seu desaparecimento fora reportado.

Contudo, dias depois, as autoridades sauditas admitiram, pela primeira vez, que o jornalista estava morto. A primeira versão é de que teria morrido na sequência de uma briga.

Os sauditas, sobre uma intensa pressão para explicar o paradeiro do jornalista, têm oferecido relatos contraditórios. Segundo as autoridades turcas, Khashoggi, um crítico proeminente do governo saudita, terá sido assassinado por uma equipa de agentes sauditas dentro do consulado. Os turcos afirmam ter em sua posse provas da culpa das autoridades sauditas.

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