La Liga altera estatutos para facilitar acesso a financiamento bancário

A liga espanhola de futebol (La Liga) alterou os estatutos para facilitar o acesso ao financiamento bancário, com o objetivo de oferecer mais segurança a fundos de investimento e bancos que emprestam dinheiro aos clubes. A mudança terá ainda que ser votada pela assembleia de clubes na próxima quinta-feira, dia 28 de maio, segundo o portal “Palco23”.

A mudança nos regulamentos tem como grande objetivo dar as mesmas garantias aos fundos e bancos de investimento, que o Tesouro, a Segurança Social ou os jogadores já têm. Ou seja, servirá para derrubar as barreiras que as equipes encontram quando se trata de terem acesso a crédito numa altura em que a competição está parada devido à pandemia de Covid-19.

Com esta alteração de estatutos, se um clube não cumprir os prazos de pagamento, a La Liga ficará responsável por aplicar sanções a quem não cumprir as obrigações de pagamento, de acordo com o jornal espanhol “El País”. Com este mecanismo, os investidores terão maior segurança e os investimentos ficariam salvaguardados, enquanto os clubes teriam o acesso facilitado ao financiamento.

“É uma maneira de cobrir mais o arcabouço legal que os clubes precisam para obter financiamento, pois, diante de terceiros, o empréstimo é mais seguro”, explica um gerente sénior de um clube da La Liga citado pelo portal “Palco23”

Durante a assembleia de quinta-feira também serão discutidas outras medidas para ajudar os clubes do ponto de vista económico. Isto acontece num momento em que o resto da temporada será disputado à porta fechada – uma circunstância que poderá significar uma perda de receita na ordem dos 600 milhões de euros caso os estádios continuem fechados durante a temporada de 2020/21.

Precisamente por este motivo, os patrões ultimam as preparações para o regresso da competição, com o objetivo de garantir alguma receita dos direitos televisivos e dos restantes patrocínios. Através das transmissões pela via televisiva, a La Liga corre o risco de perder 2.117 milhões de euros em direitos audiovisuais, que são precisamente aqueles que permitem o financiamento dos clubes.