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Lançador madeirense Décio Andrade junta-se a equipa universitária do Texas nos Estados Unidos

O lançador juntou-se à Angelo State University depois de ter rejeitado um convite, há cerca de um ano e meio, da Florida State University.
23 Janeiro 2019, 13h15

Não é um caso inédito no atletismo português, que no final do século passado teve Pedro Rodrigues, recordista nacional dos 400 metros barreiras, a abrir este caminho, que, mais recentemente, foi continuado por Marta Pen, que até se sagrou campeã universitária.

Agora chegou a vez de Décio Andrade, jovem que completará 22 anos no dia 25 de janeiro, que já é o quarto melhor lançador de martelo de sempre do atletismo português, com um recorde pessoal de 67,30 metros, quinto classificado no Campeonato do Mediterrâneo sub-23 em 2018.

Depois de um convite há cerca de um ano e meio da Florida State University, que não aceitou por achar que não era o que o faria mais feliz na altura, Décio Andrade, lançador madeirense, recebeu novo convite, da Angelo State University (ASU), no final de agosto, quando até já tinham começado as aulas nos Estados Unidos, mas só agora rumou ao Texas.

“Foi, sem dúvida, a busca por uma experiência de vida diferente que me levou a aceitar agora o convite. O desafio de sair da zona de conforto à procura de melhores condições, tanto académicas como desportivas”, revelou Décio Andrade.

Optando por um curso de marketing, de quatro anos, num sistema de 12 horas semanais de aulas, o jovem madeirense pretende, após a adaptação, no próximo semestre, inscrever-se em mais disciplinas para terminar o curso mais cedo.

Ao mesmo tempo vai integrar a equipa de atletismo da universidade, que está na segunda divisão do atletismo universitário e procura esse título nacional e ainda o da sua conferência, treinando com Nathan Janusey, que há dois anos é técnico da ASU e já formou vários campeões norte-americanos.

Décio Andrade, que reside no Campus universitário, cumpre oito unidades de treino semanais, uma delas ao sábado, e enfrenta agora novas rotinas.

“Às terças e quintas tenho as aulas muito espaçadas e só tenho oportunidade de treinar às 13:00. Começo mais cedo, mas há dias em que termino cerca das 17:00 ou 18:00, horas a que normalmente começava a treinar em Portugal”, disse, fazendo notar que as condições das instalações de treino são ótimas, acima da média para a realidade da divisão em que competem.

Mas é na proximidade das instalações que reside o segredo: “Em Portugal saía de casa antes das 9:00 e regressava depois das 21:00. Agora, tenho o centro de treino a 15 minutos a pé da minha residência, com os restantes edifícios da universidade distribuídos ao longo do campus, o que permite uma deslocação simples e rápida”, observou.

O atleta, que disse ter encontrado um bom ambiente dentro do centro de treino, ainda está ao serviço do Estreito e quando terminar a época universitária regressará à Madeira, de novo com as indicações do seu treinador de sempre, Sérgio Cruz, mas não revelou muito das suas ambições.

“Não quero estender-me muito quanto aos objetivos, mas quebrar a barreira dos 70 metros é sem dúvida um deles”, finalizou Décio Andrade.

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