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Lesados PT/Oi reuniram-se com a CMVM para pedir mediação com bancos

ALOPE pretende um processo de mediação entre os lesados e os bancos que venderam produtos financeiros relacionados com dívida da ex-PT. Francisco Mateus diz que a reunião com o regulador dos mercados financeiros teve um “feedback positivo”.
29 Janeiro 2019, 13h16

A Associação de Lesados PT/Oi (ALOPE) reuniu-se hoje com a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) para pedir mediação com os bancos que venderam produtos financeiros da ex-PT e que causaram elevadas perdas aos clientes.

Segundo disse à agência Lusa o presidente da Associação de Lesados em Obrigações e Produtos Estruturados PT/Oi (ALOPE), Francisco Mateus, a reunião desta manhã com o regulador dos mercados financeiros teve um “feedback positivo”, ficando agora a CMVM responsável por contactar os bancos a questionar se aceitam participar no processo de mediação, uma vez que essa participação é voluntária.

Francisco Mateus considerou que o pedido da CMVM, apesar de ser de “persuasão moral, tem de ter algum peso” uma vez que se trata do regulador.

A ALOPE pretende um processo de mediação entre os lesados e os bancos que venderam produtos financeiros relacionados com dívida da ex-PT, que acabaram a acarretar milhões de euros em perdas, de modo a ser encontrada forma de compensação.

Apenas entre os 700 associados da ALOPE, disse Francisco Mateus, foram investidos 30 milhões de euros entre produtos financeiros estruturados e obrigações da ex-PT.

Os bancos que venderam os produtos estruturados foram Deutsche Bank (entretanto vendeu a operação em Portugal ao espanhol Abanca), Best e BES/NovoBanco, enquanto os que venderam obrigações foram CGD, Banco BPI, Novo Banco, Bankinter (comprou o Barclays Portugal), BCP e Santander Totta (que também vendeu fundos estruturados, segundo o presidente da ALOPE).

Os produtos relacionados com dívida da ex-PT viriam a estar subjacentes à operadora brasileira Oi com a fusão entre as duas empresas e levaram a elevadas perdas devido à insolvência da Oi.

Os clientes consideram que os bancos que serviram de intermediários financeiros não lhes deram as informações sobre a evolução da Portugal Telecom e as implicações que isso tinha para os seus investimentos, como estavam obrigados.

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