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Líder republicano do Senado diz que a data das eleições norte-americanas não será alterada

Apesar das sugestões de Trump, Mitch McConnell, o líder do Senado, garantiu que a data das eleições se mantém para 3 de novembro. Outros representantes norte-americanos de ambos os partidos já tinham alertado para a impossibilidade legal do Presidente alterar a data das eleições
30 Julho 2020, 19h22

O líder republicano do Senado, Mitch McConnell, já disse que a data das eleições norte-americanas não será alterada. A garantia surge depois de uma sugestão do presidente Donald Trump via Twitter de que a eleição poderia ser adiada devido à possibilidade de fraude eleitoral.

Numa entrevista à WNKY, a afiliada da NBC no Kentucky, o estado pelo qual é Senador, McConnell reiterou que a data das eleições não será alterada. “A data está assente em pedra”, terá dito o líder do Senado.

A data das eleições nos EUA é determinada pelo Congresso, sendo que a data da tomada de posse está estipulada na Constituição. Qualquer alteração a esta lei implicaria a aprovação da Câmara dos Representantes, de maioria democrata, seguida do Senado, de maioria republicana. Já em março, o Congressional Research Service (CRS), um think-tank do Congresso, havia notado que um Presidente não tem autoridade legal para mudar a data das eleições, segundo a lei norte-americana.

Também Rodney Davis, Congressista republicano pelo estado do Illinois e membro de topo do Comité Administrativo da Câmara dos Representantes, também deixou claro num tweet que a eleição não terá a sua data alterada. “Não haverá adiamento da eleição de 2020. O Congresso determina a data e esta não deve ser alterada. Será realizada a 3 de novembro, como planeado e segundo a lei”, lia-se.

Jerry Nadler, o presidente do Comité Judiciário da Câmara e Congressista democrata por Nova Iorque, reforçou a ideia: “Sejamos claros: Trump não tem a capacidade de adiar a eleição. As nossas eleições estão consagradas na Constituição. A Constituição também diz que, caso a data da eleição seja mudada, terá de ser pelo Congresso”, escreveu num tweet.

Donald Trump manifestou a ideia de adiar as eleições por receios de fraude eleitoral, resultante da adoção por vários estados do voto por correspondência universal. O presidente antecipou “a eleição mais imprecisa e fraudulenta da história”, apesar das evidências mostrarem um número muito reduzido de casos de fraude eleitoral nos EUA.

A eleição está marcada para 3 de novembro. Neste momento, as sondagens mostram Donald Trump a perder terreno para o candidato democrata e Vice-Presidente de Barack Obama, Joe Biden.

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