[weglot_switcher]

“Liderança do PS não deve ser entregue a uma adjunta”, critica adversário de Costa nas eleições diretas

As eleições diretas do PS realizam-se hoje e amanhã nas várias federações socialistas. O único candidato adversário de António Costa critica o líder dos socialista de não exercer as funções de secretário-geral. Cargo, diz, que quem exerce efectivamente é Catarina Mendes, secretária-geral adjunta.
  • Cristina Bernardo
11 Maio 2018, 15h37

Daniel Adrião, o único adversário na candidatura à liderança do PS, não poupa nas criticas à forma como António Costa tem desempenhado as suas responsabilidades como secretário-geral do partido. No dia em que arrancam as eleições directas, em artigo de opinião, defende que os militantes socialistas “devem estar conscientes que ao votarem em António Costa estarão na verdade a votar em Catarina Martins”, apontando a secretária geral adjunta como aquela que realmente exerce as funções de secretário geral.

O candidato Daniel Adrião explica que as funções de primeiro-ministro “absorvem-no quase totalmente”, realçando que a actual solução do governo “é muito exigente”, onde “o PS não depende apenas de si próprio”. E acusa António Costa de no último mandato ter faltado a actos importantes da vida do partido e, diz “nem sequer esteve presente na entrega da sua própria candidatura a secretário-geral”.

As críticas constam de um artigo de opinião do primeiro subscritor da Moção Reinventar Portugal e candidato a secretário-geral do PS, publicado nesta sexta-feira, 11 de maio, no Jornal Económico.

“Toda a gente sabe que apesar de ser António Costa a surgir nos boletins de voto nas eleições diretas para a liderança do PS que se realizam hoje e amanhã, não será ele exercer as funções de Secretário-Geral. A razão é simples: é-lhe humanamente impossível”, escreve Daniel Adrião. Defende que na prática estas eleições estão a ser disputadas entre ele  e Ana Catarina Martins, embora, diz, “seja o nome e a fotografia de António Costa a aparecer no boletim de voto”

As eleições diretas do secretário-geral do PS realizam durante dois dias, 11 e 12 de maio. Na corrida apresenta-se António Costa, com a moção estratégica “Geração 20/30, para um terceiro mandato à frente do PS, que deverá ser reeleito para um terceiro mandato à frente do partido, e Daniel Adrião que volta a ser o único adversário na candidatura à liderança dos socialistas.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.