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Liga dos Campeões: ‘Dragões’ enfrentam segundo plantel mais valioso do mundo

Após terem perdido dois dos jogadores mais valiosos do plantel, Danilo Pereira e Alex Telles, a que se juntam a derrota frente ao Marítimo e o empate frente ao Sporting CP no campeonato, a vontade dos ‘dragões’ darem uma resposta positiva é inquestionável, mas pela frente terão o segundo plantel mais valioso do mundo.
21 Outubro 2020, 18h30

O grupo C da Liga dos Campeões é um dos mais portugueses, não só por ter a única equipa do campeonato português em prova, mas também pelo facto de tanto Marselha FC como Olympiacos serem treinados por André Vilas-Boas e Pedro Martins, respetivamente. Não se antecipam grandes dificuldades para o tubarão Manchester City, mas surpresas podem sempre acontecer.

Sérgio Conceição enfrenta esta quarta-feira, dia 21 de outubro, a equipa com um dos plantéis mais valiosos do mundo, o Manchester City, naquele que será um duelo muito complicado para os dragões. Após terem perdido dois dos jogadores mais valiosos do plantel, Danilo Pereira e Alex Telles, a que se juntam a derrota frente ao Marítimo e o empate frente ao Sporting CP no campeonato.

Ainda assim, os azuis e brancos com toda a certeza serão um dos favoritos a passar, naquele que será um dos grupos mais entusiasmantes no que toca ao apuramento da segunda equipa para a fase a eliminar da liga milionária, e a terceira que irá disputar a liga europa, assumindo que o Manchester City fará jus ao seu poderio financeiro e futebolístico.

‘Citizens’ valem quatro vezes mais que o FC Porto

É impossível não destacar aquela que é a quinta equipa mais valiosa a nível mundial (2,7 mil milhões de euros) e a segunda com o plantel mais valioso (mil milhões de euros). O Manchester City é, assumidamente, um clube gastador que tem como principal objetivo conquistar a sua primeira liga dos campeões.

As restantes três equipas, no campo financeiro, estão longe de poder competir contra os ‘citizens’, mas como dizia Johan Cruyff “sacos de dinheiro não vencem jogos”. O plantel do FC Porto é, a larga distancia do Manchester City, o segundo mais valioso do grupo C (251 milhões de euros), seguindo-se a uma curta distância o Marselha FC (228,4 milhões de euros), e só depois o Olympiacos com uma avaliação de plantel bem menos valiosa do que os seus adversários, 96,3 milhões de euros.

Puma, Adidas e New Balance entre os patrocinadores

Entre os principais patrocinadores dos ‘citizens’, destaca-se a marca de artigos desportivos alemã, Puma, que a partir da temporada 2019/20 passou a ser a fabricante oficial dos equipamentos do clube de Manchester, ao pagar 72 milhões de euros por época ao vice-campeão inglês.

Entre os principais patrocínios do FC Porto, o destaque vai para a Altice que garantiu, em 2016, os direitos de figurar nas camisolas dos dragões. O acordo entre as duas partes estará em vigor até junho de 2023 e, segundo o “Correio da Manhã”, a empresa de telecomunicações paga por temporada 6,4 milhões de euros aos dragões. A estes junta-se a norte americana New Balance que até 2024 será a fornecedora dos equipamentos.

O Marselha FC é patrocinado pela Uber Eats, que figura no centro das camisolas do clube francês, o acordo é válido até 2021/22, e permite ao clube treinado por André Vilas-Boas um encaixe de três milhões por temporada. A produção dos equipamentos está a cargo da alemã PUMA que, em 2018, assinou um acordo de cinco anos com o clube de Marselha no valor de 15 milhões de euros por temporada.

No caso do Olympiacos, o principal patrocínio que figura no centro das camisolas é a casa de apostas online Stoiximan, sendo que os detalhes financeiros do acordo não foram revelados por nenhuma das partes. A produção dos equipamentos está a cargo da alemã Adidas desde a temporada 2014/15 sem que tenha sido revelado a duração do acordo, nem os valores envolvidos.

City gastador, Porto, Marselha e Olympiacos vendedores

Tanto a nível de vendas como de aquisições, o Manchester City lidera. No total, os ‘citizens’ adquiriram sete jogadores, gastando para isso 163 milhões de euros, com destaque para a chegada do defesa internacional português, Ruben Dias vindo do SL Benfica a troco de 68 milhões de euros. Quanto às vendas, o City recebeu 61 milhões de euros com três jogadores, nos quais também se destaca a ida do defesa internacional argentino, Nicolas Otamendi para o SL Benfica.

O FC Porto também teve um mercado bastante agitado, principalmente ao nível das vendas. Os ‘dragões’ encaixaram 77,5 milhões de euros com a venda de oito jogadores, dos quais se destaca o jovem Fábio Silva que rumou aos ingleses do Wolverhampton FC por 40 milhões de euros. A nível de compras, 11 milhões de euros permitiram aos azuis e brancos adquirir quatro jogadores.

O Marselha FC contratou cinco jogadores, tendo para isso que gastar 13 milhões de euros. A nível de vendas, o clube francês viu partir apenas um jogador, Bouna Sarr, rumo ao FC Bayern, permitindo um encaixe de oito milhões de euros nos cofres do clube.

Já o Olympiacos, conhecido por ser um clube que investe em jogadores portugueses, gastou 7,8 milhões de euros na contratação de sete jogadores, dos quais dois são portugueses. A nível de vendas, o clube arrecadou 20,3 milhões de euros, deixando para isso partir cinco jogadores.

Diferença de valores não altera riqueza dos museus

A competitividade da liga milionária dispensa apresentações, todos os clubes presentes na competição sabem o que está em jogo, quer a nível de jogo quer a nível financeiro e, portanto, é normal que a qualidade dos jogos seja de alto nível. No caso do Grupo C, onde está a única equipa portuguesa em competição, a luta pelo segundo e terceiro lugar do grupo estará, em teoria, entregue aos três clubes menos valiosos.

Por serem menos valiosos não quer dizer que a sua história seja “dispensável”, ou seja, tanto o FC Porto como o Marselha FC já foram campeões europeus, ao contrário do poderoso Manchester City. Mas à partida para a primeira jornada, são óbvias as diferenças entre o clube inglês e os restantes.

Um dos pontos chave estará na presença do publico que varia de país para país. No caso inglês e português o publico não é permitido, ou pelo menos é muito limitado. Em frança, desde o inicio do campeonato que foi permitida a entrada de adeptos, mas devido aos recentes desenvolvimentos da pandemia de Covid-19 em frança, a decisão acabou revogada. Na Grécia, o governo permitiu a entrada de adeptos nos estádios, fazendo com que o estádio do Olympiacos se possa tornar numa verdadeira fortaleza.

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