Liga francesa procura novo acordo para os direitos televisivos depois da rutura com a Mediapro

O conselho de administração da Liga Francesa de Futebol Profissional (LFP) deu a sua aprovação ao concurso para os lotes de direitos televisivos que a Mediapro deixou vagos, no valor de 800 milhões de euros, em busca de um novo parceiro para garantir a sustentabilidade do campeonato, segundo o portal “Palco 23”.

A Mediapro, empresa dirigida por Jaume Roures, adquiriu 80% dos direitos televisivos do futebol francês para as temporadas 2020/21, 2022/23 e 2023/24 por 814 milhões de euros anuais. No entanto, a produtora não efetuou o pagamento das condições acordadas, solicitando a redução do valor do contrato num processo que acabou nos tribunais e que, em última instância, potenciou a rescisão do acordo em dezembro de 2020, com Mediapro obrigada a pagar 100 milhões de euros.

O futebol francês ficou sem o seu principal parceiro televisivo, confiando que o Canal + preencheria a vaga deixada, algo que não se concretizou. A emissora, através do seu diretor executivo Maxime Saada, anunciou que não renunciou apenas à compra dos direitos que estavam nas mãos da Mediapro, mas também informou que ia devolver à LFP o acordo de transmissão de dois jogos por dia (lote 3) que atualmente transmite, em troca de 330 milhões de euros por ano.

O Canal + fez um apelo para abrir um novo processo de licitação global, mas a LFP rejeitou a proposta, optando apenas por colocar no mercado os lotes abandonados pela Mediapro. De momento, desconhece-se o cronograma do processo licitatório, embora tendo em consideração a sua importância para as contas dos clubes, poderia ser escolhido um processo acelerado de apenas dez dias, quando normalmente dura entre seis a oito semanas.

Depois de 31 de janeiro, a transmissão dos jogos do Mediapro não está garantida. O acordo alcançado entre a LFP e a produtora era que o Téléfoot, canal do grupo espanhol, continuasse a transmitir até ao final deste mês, o mais tardar. Enquanto o Canal + pagou pelos direitos até 5 de fevereiro.