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Linha Circular do Metro de Lisboa vai perder 83 milhões de fundos europeus com suspensão do projeto, diz ministro do Ambiente

Matos Fernandes diz que foi uma “decisão irresponsável” a aprovação da suspensão do projeto, deixando críticas ao PSD por permitir esta suspensão. O ministro aponta que a suspensão vai adiar por três anos o arranque da construção do projeto.
5 Fevereiro 2020, 13h06

O ministro do Ambiente criticou hoje a decisão do Parlamento de adiar a construção da linha circular do Metro de Lisboa, alertando que o projeto vai perder fundos europeus com este adiamento.

“É uma decisão irresponsável que lesa profundamente a cidade de Lisboa e a sua área metropolitana, que põe em causa a separação de poderes e que adia por três anos qualquer obra de expansão do Metro”, começou por dizer esta quarta-feira em conferência de imprensa.

A medida que prevê a suspensão por um ano o início da construção desta linha de forma a realizar um estudo foi aprovada por PSD, Bloco de Esquerda, PCP e PAN e Chega. O PS votou contra, enquanto CDS e a Iniciativa Liberal abstiveram-se.

A linha circular tem um custo total estimado de 210 milhões de euros, com 46 milhões de euros já no próximo ano. O investimento prevê o prolongamento da linha de metro em 1.900 metros e a construção de duas novas estações – Estrela e Santos – para ligar o Rato ao Cais do Sodré.

O PS já anunciou que vai pedir a fiscalização sucessiva desta medida ao Tribunal Constitucional, avançou a agência Lusa.

“O estudo que foi solicitado fazer num ano, está em boa parte executado, alias foi esse mesmo estudo que levou à opção pela linha circular em detrimento da linha vermelha até Campo de Ourique. O número de novos passageiros por ano que constam desse estudo são de 7,8 milhões para a linha circular, e de 3,7 milhões de passageiros na linha vermelha. A linha circular gera mais procura interna, contribui para que os que chegam a Lisboa vindo da margem sul e de Cascais”, afirmou João Pedro Matos Fernandes.

O ministro do Ambiente apontou que o adiamento por um ano, significa na prática o adiamento por “três anos”, o que “significa perder 83 milhões de euros de fundos comunitários”.

Matos Fernandes também deixou críticas ao PSD por ter aprovado a medida. “Essa decisão é ainda mais irresponsável por parte de um partido que foi poder, o PSD”. O ministro apontou que o dinheiro que o Governo de António Costa herdou do Governo de Passos Coelho em termos de fundos comunitários foi de “zero euros”.

 

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