[weglot_switcher]

Lisboa dispara e acompanha entusiasmo europeu com vacina da Pfizer. BCP e Galp sobem mais de 15%

Os mercados da Europa fecharam em total êxtase com os avanços da vacina da Pfizer. Em Portugal as ações do BCP valorizaram quase 19%, aproveitando o ambiente do setor no exterior. Já a Galp disparou 17,40%.
9 Novembro 2020, 17h07

O PSI-20 valorizou 4,28% para 4.213,75 pontos com as ações do BCP a disparem +18,92% para 0,0905 euros e as da Galp a avançarem +17,40% para 8,26 euros.

Foi um dia eufórico nos mercados de capitais europeus e Portugal não foi exceção.

A Ibersol valorizou 9,42% para 4,18 euros; a Mota-Engil fechou em alta de +8,38% para 1,190 euros; a Altri ganhou +7,71% para 3,69 euros; a Corticeira Amorim valoriza +6,80% para 10,68 euros; a Navigator subiu +5,88% para 2,12 euros; a Semapa sobe +4,99% na sessão para 7,15 euros; e os CTT saltaram +4,06% para 2,18 euros. Num índice vestido de verde, as exceções foram a ações da EDP Renováveis que perderam -1,31% para 16,60 euros; e a Novabase caiu 0,87% para 3,410 euros.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse hoje que a vacina contra o novo coronavírus da Pfizer “será das melhores” que existem no mercado caso se confirme a eficácia de 90%.

Quando foi divulgada as notícias sobre os desenvolvimentos da vacina da Pfizer/BionTech, o mercado disparou. O EuroStoxx 50 fechou a subir 6,36% para 3.407,9 pontos; o CAC avançou 7,57%para 5.336,3 pontos; o DAX ganhou 4,94% para 13.095,97 pontos, o IBEX disparou 8,57% para 7.459,4 pontos e o FTSE MIB valorizou 5,43% para 20.750,18 pontos.

“Sessão de fortes ganhos nas bolsas, com os principais índices a dispararem um pouco antes das 12h, perante a notícia de que a vacina desenvolvida pela Pfizer e BioNTech preveniu mais de 90% das infeções por Coronavírus, levando o Diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infeciosas dos EUA, Anthony Fauci, a classificar a sua eficácia como “simplesmente extraordinária””, diz o analista do Millennium BCP, Ramiro Loureiro.

“O rally foi surpreendente, o melhor do Euro Stoxx 50 desde 24 de março e a rotação de ativos foi notória, com os investidores a gerarem muita pressão compradora em empresa mais cíclicas e que têm vindo a ser castigadas pelo impacto da pandemia. O fecho de algumas posições curtas pode ter potenciado as valorizações”, adianta o analista.

Em sentido inverso, “as cotadas que têm vindo a beneficiar dos bloqueios impostos para travar a evolução do Covid-19 acabaram por revelar alguma pressão vendedora, efeito ainda mais visível em Wall Street em empresas como Netflix ou Zoom Video. Em Portugal as ações do BCP valorizaram quase 19%, aproveitando o ambiente do setor no exterior”, diz ainda a análise.

O petróleo Brent subiu 7,66% para 42,47 dólares.

O euro cai 0,54% para 1,1810 dólares.

O mercado de obrigações do tesouro regista um agravamento dos juros soberanos a 10 anos português de 7,14 pontos base para 0,05%, ao passo que a dívida alemã dispara 10,99 pontos base para -0,62% e a dívida espanhola vê os juros subirem 9,16 pontos base para 0,10% e Itália, idem com os juros a subirem 11,8 pontos base para 0,64%.

 

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.