[weglot_switcher]

Lisboa negoceia “no verde”, apesar da pressão criada pelo Deutsche Bank sobre as bolsas europeias

O principal índice bolsista português, PSI 20, aprecia 0,05%, para 5.574,98 pontos, numa altura em que a queda do alemão Deutsche Bank pressiona o sector da banca e, em consequência, as principais bolsas europeias.
  • Benoit Tessier / Reuters
27 Junho 2018, 12h30

A praça lisboeta negoceia esta quarta-feira em terreno positivo, a meio da sessão. O principal índice bolsista português, PSI 20, aprecia 0,05%, para 5.574,98 pontos, numa altura em que a queda do alemão Deutsche Bank pressiona o sector da banca e, em consequência, as principais bolsas europeias.

O setor da banca está a condicionar a performance do índice nacional. Ao longo desta manhã, “os investidores agravaram o sentimento e os principais índice europeus seguem com perdas”, explica o MTrader do Millennium bcp Ramiro Loureiro. “O setor da banca é o que se mostra mais condicionado, no dia em que o abandono da unidade de gestão de ativos do Deutsche Bank no Japão é notícia”, explica.

“As ações do banco alemão tocam em mínimos de sempre”, conclui o analista.

Em Lisboa, o BCP, um dos pesos pesados do PSI 20, perde 1,22%, para 26 cêntimos, e condiciona a evolução da bolsa nacional.

A EDP Renováveis, que tem sido objeto de notícia pela possibilidade de interessar a elétricas internacionais, continua em foco, agora a perder 0,62%, para os 8,83 euros, depois de ter fechado a sessão de terça-feira, 26 de junho, com ganhos de 6%.

Esta segunda-feira, os acionistas da EDP Renováveis reúnem-se em assembleia geral extraordinária para eleger o conselho de administração para o próximo triénio, que será reduzido a 15 elementos, e no qual os minoritários passarão a ter lugar.

Na terça-feira, a cotada esteve no centro das atenções com informações a apontar para o interesse da dinamarquesa Orsted  e da francesa Engie na empresas liderada por João Manso Neto. Ambas rejeitaram qualquer interesse na EDP Renováveis, num comunicado enviado à Comissão de Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM).

Os títulos da Ibersol também ajudam a colocar pressão na praça lisboeta, depois de a cotada ter anunciado um aumento de capital. A cotada cai 0,42%, para 11,85 euros.

Num comunicado enviado à CMVM, a Ibersol informou que foi registado na Conservatória de Registo Comercial do Porto o aumento de capital social de 30 milhões para 36 milhões, por incoporação de reservas livres.

Os títulos dos CTT (-0,99%), da Pharol (-0,83%) e da Navigator (-0,29%) também ajudam a colocar um travão no PSI 20.

Em contraciclo, a Mota-Engil acelera depois do CaixaBI ter atribuido um preço-alvo de três euros, contra os anteriores 2,90 euros, para as ações da construtora com recomendação de hold (em espera). A cotada avança 2,76%, para os 2,98 euros.

A Galp Energia também segue a valorizar, num dia em que os índices petrolíferos valorizam. A energética cresce 0,59%, para ps 16,12 euros. No mercado petrolífero, o Brent avança 0,70% e negoceia o barril a 76,67 dólares cada. Já o WTI negoceia a 71,0 dólares, com uma valorização de 0,75%.

Os títulos da EDP (1,06%) e F. Ramada (3,51%) também ajudam nos ganhos do PSI 20.

Entre as principais praças europeias, apesar da queda do Deutsche Bank pressionar as bolsas europeias, o alemão DAX ganha 0,16%. O francês CAC 40 valoriza 0,19%, o britânico FTSE 100 cresce 0,19% e o holandês AEX sobe 0,14%. Em terreno negativo segue o italiano FTSE MIB (-0,04%).

No mercado cambial, o euro perde 0,09% face ao dólar, para os 1,16 dólares.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.