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Literacia financeira: Governo alia-se aos reguladores para reforçar educação

O secretário de Estado para a Educação defendeu que “capacitar para a literária financeira é capacitar para os direitos humanos”, num evento em que foi anunciado o lançamento de um novo Caderno de Educação Financeira.
25 Setembro 2018, 15h13

O ministério da Educação quer reforçar a literacia financeira entre os mais jovens, no âmbito do Plano Nacional para a Cidadania, segundo explicou o secretário de Estado da Educação, João Costa, na Conferência sobre Supervisão Comportamental Bancária: novos desafios dez anos depois da crise financeira.

“Se não chegarmos aos jovens, o futuro não muda”, afirmou João Costa, sobre a formação para a cidadania nas escolas. O secretário de Estado lembrou o ensino da cidadania e da literária financeira é especialmente “premente porque vivemos uma altura de mudanças muito rápida e voraz, ao nível do conhecimento, mas também vivemos num momento de profunda incerteza”.

João Costa explicou ainda considerar que “a literacia financeira não é um problema da economia”, mas uma questão multidisciplinar. “Este tema é fundamental para garantir o cumprimento dos 70 anos da declaração dos direitos humanos. Capacitar para a literária financeira é capacitar para os direitos humanos”, defendeu.

Na intervenção sobre a importância da formação financeira dos jovens, o governante anunciou ainda o lançamento de um novo Caderno de Educação Financeira, no quadro do Plano Nacional de Formação Financeira, dirigido a alunos do terceiro ciclo do ensino básico.

O Plano Nacional de Formação Financeira passa a disponibilizar manuais de educação financeira para todo o ensino básico depois de, em 2015 e 2016, terem sido lançados o Caderno de Educação Financeira 1 e 2 para os 1.º e 2.º ciclos do ensino básico, respetivamente.

O novo caderno será apresentado na próxima quinta-feira e inclui materiais pedagógicos visam apoiar alunos e professores na abordagem aos temas do Referencial de Educação Financeira, que foi adotado pelo ministério da Educação em 2013.

A iniciativa resulta de um trabalho conjunto entre o Banco de Portugal, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), bem como o Ministério da Educação e quatro associações do setor financeiro (Associação Portuguesa de Bancos, Associação Portuguesa de Seguradores, Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios e a Associação de Instituições de Crédito Especializado).

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