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Lucro da Jerónimo Martins sobe 66% no primeiro trimestre para 58 milhões de euros

As vendas consolidadas da dona do Pingo Doce cresceram 1,5% no primeiro trimestre, para 4,8 mil milhões de euros.
  • Chairman e administrador-delegado do grupo Jerónimo Martins
28 Abril 2021, 17h48

As vendas consolidadas do grupo retalhista nacional Jerónimo Martins cresceram 1,5% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o período homólogo do ano passado, para 4,8 mil milhões de euros. Esta evolução representa uma subida de 5,7% a taxas de câmbio constantes. Em termos de bases comparáveis (LFL ou ‘like for like’), a subida de faturação foi de 3,2%.

“O comparativo com o ano anterior deve ter em conta que o grupo registou até ao final de fevereiro de 2020 um excelente desempenho, antes de ser fortemente afetado, em março desse ano, pelos primeiros efeitos da pandemia de Covid-19”, alerta o comunicado da Jerónimo Martins enviado esta quarta-feira para a CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Esse documento destaca que, “num contexto ainda de elevada incerteza em resultado da evolução da pandemia nos países onde o grupo opera”, as vendas da cadeia Biedronka, na Polónia, em moeda local, subiram 9,2%, com um LFL de 6,5%, enquanto na Hebe (farmácias), caíram 6,3%. “Excluindo o negócio das farmácias, encerrado em julho de 2020, as vendas cresceram 5,4% com um LFL de 0,1%”, adianta o referido comunicado.

No mercado interno, na cadeia Pingo Doce, excluindo combustível, as vendas aumentaram 0,3%, com um LFL de -1,6%, enquanto no Recheio, as vendas diminuíram 19,0%, com um LFL de -19,3%.

Na Colômbia, com a cadeia Ara, as vendas, em moeda local, cresceram 10,5%, com um LFL de 3,7%.

O EBITDA do Grupo Jerónimo Martins, excluindo a IFRS16, cifrou-se em 221 milhões de euros. “Incluindo a IFRS16, o EBITDA cresceu 4,0% (+8,9% a taxas de câmbio constantes) para 322 milhões de euros”, adianta o referido comunicado.

Por seu turno, a margem EBITDA foi 6,7% ‘versus’ 6,6% no primeiro trimestre de 2020.

Na cadeia Biedronka, o EBITDA subiu 3,1% (+8,4% em moeda local), com margem de 8,4% ‘versus’ 8,5% no primeiro trimestre de 2020.

No que respeita ao sector da distribuição em Portugal, o EBITDA do Grupo Jerónimo Martins caiu 3,6%, enquanto a margem EBITDA foi de 5,5% (5,4% no primeiro trimestre de 2020).

Os resultados líquidos do grupo retalhista nacional, “se excluída a aplicação da IFRS16, cresceram 16,9%, para 71 milhões de euros; com a IFRS16, os resultados líquidos aumentaram 66,3% para 58 milhões de euros”.

O EPS – ‘earning per share’, ou ganho por ação – foi de 0,09 euros por cada título da Jerónimo Martins no período em análise. Excluindo outras perdas e ganhos (não usuais), o EPS foi 57,2% acima do mesmo período do ano anterior, asseguram os responsáveis do grupo retalhista nacional.

O ‘cash flow’ do Grupo Jerónimo Martins foi negativo em 21 milhões de euros, contra os 109 milhões de euros negativos averbados no primeiro trimestre de 2020.

A posição líquida de caixa do grupo liderado por Alexandre Soares dos Santos era de 491 milhões de euros a 31 de março de 2021. Incluindo as responsabilidades com locações operacionais capitalizadas, a dívida líquida atingiu 1.768 milhões de euros.

“Confirmamos as perspetivas para 2021, tal como comunicadas com a divulgação dos resultados do ano 2020”, conclui o comunicado da Jerónimo Martins.

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