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Lucro da Navigator caiu 4,4% em 2017, penalizado pelo pagamento de impostos

Resultados líquidos atingiram 207,7 milhões de euros, mas os impostos pagos, mais do que quintuplicaram. Às 8:55, os títulos da empresa seguiam a perder 0,76%, para 4,202 euros, na Euronext Lisboa.
8 Fevereiro 2018, 08h46

Os resultados líquidos da The Navigator caíram 4,4% no ano passado, face a 2016, para 207,7 milhões de euros, anunciou a empresa produtora de pasta de papel e de papel esta quinta feira.

O decréscimo do lucro é explicado pela subida dos impostos pagos, que mais do que quintuplicaram, passando de 7,2 milhões de euros para 39,5 milhões.

Em comunicado divulgado através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa explica que “que os resultados líquidos de 2016 beneficiaram de reversão de provisões para impostos, bem como do efeito do regime extraordinário de reavaliação fiscal”, pelo que os resultados do ano passado saem prejudicados na comparação com o anterior exercício.

A The Navigator refere, também, que as contas de 2017 foram negativamente impactadas pelo reconhecimento de uma imparidade de 48,9 milhões de euros relativamente à operação em Moçambique.

O volume de negócios de 2017 cresceu 3,8%, para 1.637 milhões de euros, sustentado, explica a empresa liderada por Diogo da Silveira, “pelo bom desempenho das vendas de pasta, de energia e de tissue”.

As vendas de papel totalizaram 1.200 milhões de euros, “contribuindo para 73% do volume de negócios”, mas ficaram 0,9% abaixo do valor do ano anterior.

“O ano de 2017 foi muito positivo para o setor da pasta, já que este beneficiou de um conjunto de eventos inesperados e diversos ajustes que condicionaram o lado da oferta, que, conjugado com uma forte procura, provocaram uma recuperação significativa dos preços, mês após mês, quer na China quer na Europa, com a indústria a assistir a aumentos de preços sucessivos”, refere a empresa, apontando as vendas de pasta cresceram 7%, para cerca de 311 mil toneladas.

Os resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) subiram 2%, para 403,8 milhões de euros.

A The Navigator assinala, no entanto, que “este valor de EBITDA incorpora alguns fatores não recorrentes que se verificaram durante o ano de 2017 e cujo impacto global foi negativo em cerca de 3,7 milhões”.

 

Investimentos continuam em 2018

O investimento foi de cerca de 115 milhões euros, informando a empresa que tem “dois grandes projetos de desenvolvimento em curso: a construção de uma fábrica de [papel] tissue em Cacia (com capacidade de produção de bobines e de transformação) e a melhoria de eficiência produtiva de pasta e performance ambiental na fábrica da Figueira da Foz”, que representam mais de dois terços do investimento.

“Estes investimentos, iniciados em 2017, irão prolongar-se em 2018 e envolvem um montante total de cerca de 205 milhões de euros (120 milhões para Cacia e 85 milhões para a Figueira da Foz), dos quais 70 milhões já foram dispendidos”, explica a The Navigator.

Às 8:55, os títulos da empresa seguiam a perder 0,76%, para 4,202 euros, na Euronext Lisboa.

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