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Lucro da Navigator dispara 24% para 66,2 milhões no segundo trimestre

Os números do trimestre foram beneficiados pelo aumentos dos preços do papel, da pasta e do ‘tissue’, levando a empresa a registar um EBITDA de 115 milhões de euros, o valor trimestral mais alto de sempre. A empresa mostra-se preocupada, no entanto, com
25 Julho 2018, 07h37

O lucro líquido da Navigator disparou 24,3%, em termos homólogos para 66,2 milhões de euros no segundo trimestre do ano, beneficiando das subidas dos preços, anunciou a empresa de pasta e papel.

“O segundo trimestre ficou marcado pela evolução positiva dos preços da pasta, papel e tissue. Tal como em anos anteriores, verificou-se uma recuperação ao nível dos volumes de vendas entre o primeiro trimestre e o segundo trimestre (com as vendas de pasta a aumentar 15% e as de papel cerca de 9%), que ficaram, no entanto, abaixo dos volumes registados no segundo trimestre de 2017 devido a paragens de produção”, afirmou a empresa, em comunicado divulgado no site da CMVM.

Explicou que uma paragem prolongada na fábrica de pasta da Figueira da Foz em abril para manutenção e conclusão do projeto de aumento da capacidade, resultou numa redução do volume de pasta disponível para mercado.

“No entanto, o efeito de preço mais do que compensou o efeito volume, e o valor de vendas no trimestre cresceu 12% 432 milhões”, explicou, adiantando que o EBITDA – resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização – subiu 3,7% para 115 milhões de euros, “o valor trimestral mais elevado registado pelo Grupo”.

Em relação ao primeiro semestre, o volume de negócios totalizou 817 milhões de euros, 0,5% acima do semestre homólogo, o EBITDA cresceu 14% para 226 milhões de euros e o resultado líquido aumentou 24% para 119 milhões de euros.

Tensões comerciais preocupam

“As perspectivas para o sector da pasta mantiveram-se positivas ao longo do primeiro semestre de 2018, verificando-se uma pressão em alta no preço durante este período”, referiu a empresa liderada por Diogo da Silveria, adiantando que não antecipa factores que possam vir alterar significativamente esta tendência positiva do mercado.

Do lado do papel UWF, explicou que o nível da carteira de encomendas mantém-se elevado e o que o grupo liderou durante o primeiro semestre um conjunto de aumentos de preços na Europa, no mercado norte-americano e nos mercados internacionais.

“Importa referir que, apesar da manutenção das expectativas positivas para o crescimento das principais economias mundiais, em particular para a economia norte-americana e europeia, existe também uma crescente volatilidade nos mercados, fruto dos receios das potenciais consequências do aumento das tensões comerciais.”, sublinhou.

“A Navigator, que vende os seus produtos em cerca de 130 geografias e tem as suas vendas expostas à evolução de diferentes moedas internacionais, em particular do USD, não pode deixar de ver com alguma preocupação estes recentes desenvolvimentos”, concluiu.

[Atualizada às 08h17 com mais informação]

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