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Lucro do BPI cai 63% no primeiro semestre para 134,5 milhões de euros

A redução dos lucros deveu-se sobretudo à falta de ganhos extraordinários com a venda de participações.
29 Julho 2019, 08h47

O lucro consolidado do BPI tombou 63% no primeiro semestre de 2019, em termos homólogos, para 134,5 milhões de euros devido à ausência de ganhos extraordinários, anunciou esta segunda-feira o banco liderado por Pablo Forero.

Segundo esta instituição bancária, este resultado foi influenciado “por impactos positivos extraordinários registados no primeiro semestre de 2018 (+118 milhões de euros, essencialmente ganhos com a venda de participações) e que não se repetiram em 2019, e pela alteração da classificação contabilística do BFA no final de 2018”.

Em comunicado enviado esta manhã à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco detido pelo espanhol CaixaBank refere ainda que o lucro líquido recorrente da atividade em Portugal foi de menos 17% do que em igual período do ano passado (86,9 milhões de euros) devido a imparidades de 11 milhões de euros em fundos de recuperação e redução em 5 milhões de euros dos lucros em operações financeiras e outros proveitos.

A margem financeira subiu de 3,7%, para 214,8 milhões de euros, apoiada pelo crescimento da carteira de crédito. Já os depósitos de clientes aumentam 1.084 milhões de euros.

Em relação aos custos de estrutura recorrentes, aumentaram 4,6% BPI por causa da execução do plano de investimentos previsto, inclusive na área tecnológica, e as despesas com pessoal tiveram um acréscimo de 2,5%.

Quanto aos rácios de CET1 (fully loaded), total (fully loaded) e de eficiência foram de 13,4%, 15,2% e 61%, respetivamente. “O BPI prevê atingir um cost-to-income próximo de 50% em 2021”, assinala a mesma entidade bancária na nota divulgada pela CMVM.

Na semana passada, o CaixaBank anunciou que os seus lucros do último semestre tombaram 52,1%, para 622 milhões de euros. A queda deveu-se a um acordo laboral de rescisões por adesão voluntária que implicou um custo de 978 milhões de euros brutos (685 milhões de euros líquidos), uma vez que sem este impacto o lucro seria de 1.307 milhões de euros.

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